Política

Gilberto Zanotto vence as eleições em Paraí e volta à prefeitura

Gilberto Zanotto vence as eleições em Paraí e volta à prefeitura


Eleito vice-prefeito de Paraí nas eleições de 2016, na chapa que consagrou Oscar Dall’Agnol (PP), que teve o registro de candidatura negado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à prefeitura, Gilberto Zanotto (PDT) vai voltar ao comando do município. Ele venceu as eleições suplementares realizadas na cidade neste domingo, dia 19, e é o novo prefeito de Paraí. Zanotto fez 2.879 votos, 250 a mais do que o ex-prefeito Lauriano Ártico (PMDB), que somou 2.629 votos.

A presidente do Legislativo, vereadora Catiane Richetti Trevizan (PMDB), que assumiu após o julgamento pelo TSE, segue no comando da prefeitura até a posse do novo prefeito, marcada pela Câmara de Vereadores para o dia 1º de janeiro de 2018.

As novas eleições encerraram um curto período de campanha de 30 dias marcado por acusações, denúncia de compra de votos, abuso do poder econômico e vazamento de áudios, mas mesmo assim o pleito foi considerado tranquilo, com poucas ocorrências no dia da votação.

Depois da confirmação do resultado, Zanotto afirmou que o dinheiro público deve ser investido em obras. Discursando em cima de um caminhão, o prefeito eleito disse que Dall’Agnol, afastado porque não teria respeitado os prazos legais de desincompatibilização para concorrer no ano passado, vai atuar como um conselheiro da sua administração.

Vou precisar dele todo o dia. Ele estará me assessorando, estará comigo para trabalhar para vocês, para o desenvolvimento do município”, afirmou o novo prefeito, que terá como vice Ijair Pian (PP).

Entenda o caso

Dall Agnol foi afastado depois que o TSE decidiu que ele não cumpriu os prazos legais de desincompatibilização antes das eleições, confirmando as decisões anteriores. A decisão do TSE, em caráter definitivo, implica, de acordo com o parágrafo 3º do artigo 175 do Código Eleitoral na anulação dos votos dados a Dall Agnol, que concorreu pelo PP nas eleições vencidas por ele com 2.829 votos, o correspondente a 50,91% dos votos válidos, contra os 2.728 votos dados ao candidato derrotado, Lauriano Artico (PMDB).

Para concorrer, os ministros entenderam que ele deveria ter deixado o cargo de subsecretário-geral adjunto da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Casca quatro meses antes das eleições, o que não ocorreu.

A defesa do prefeito, que concorreu pelo Partido Progressista (PP), alegou que ele nunca exerceu efetivamente o cargo, o que permitira a candidatura, mas o tribunal entendeu que, como havia a formalidade do cargo, seria necessário cumprir com os trâmites da desincompatibilização.

Os advogados afirmaram que um uma certidão emitida pela direção da subseção de Casca garante que ele nunca assumiu a função. Como ele era adjunto, só atuaria caso o titular não pudesse assumir.