Opinião

A gente reconhece a importância de uma Libertadores

A gente reconhece a importância de uma Libertadores

Eu tenho um recado a gremistas e colorados: há vida a partir do final do jogo.   Vai ser duro aturar a flauta dependendo do resultado. Mas amanhã a vida segue, seja com um título inédito, seja com uma derrota dolorida. As contas seguirão chegando, o patrão cobrando, o cliente exigido atenção.

O que é o futebol senão a chance da exacerbação de emoções?  Chorar de alegria e gritar; encolher-se na tristeza e protestar contra direção e zagueiros ruins. No futebol a vitórias do coração e da razão. Da transpiração e da estratégia. As vitórias ou derrotas começam ainda na pré-temporada com a montagem das equipes. Passam por decisões difíceis, lesões que não curam, arbitragens boas e tabelas, mesmo que involuntariamente, favoráveis.

Mas, pra nós torcedores, o futebol tem tanto mais razão de ser se podemos nos manifestar, brincar, zombar.  Secar faz parte. Não é onde se quer estar, mas é uma das posições possíveis. Queremos mesmo é torcer e desfilar como campeões. Não sendo possível, nos conformamos com a derrota do rival. Ode até ser feio, mas é a vida e pra muitos só tem graça por isso. Uma derrota da seleção – excetue-se o 7 x 1 – dói menos porque nenhum alemão ou argentina vai  estar soltando foguetes na nossa rua. Nem vão nos azucrinar nas redes sociais.

Enfim, toda brincadeira, até as mais pesadas, é válida. Só não podem descambar pra falta de respeito nem pra briga de fato. No mais, quem veio pra chuva, ao final de um campeonato corre o sério risco de se molhar.

Desejo que os gremistas tenham a melhor das jornadas. E se o tri virá, a melhor resposta do Inter tem que vir dentro de campo, correndo atrás pra igualar e, quem abe, superar. Nós sabemos a importância de uma Libertadores. É quase absoluta.