A mobilização para reativar projetos de contenção e controle de enchentes na região metropolitana de Porto Alegre e das bacias dos rios Gravataí, Sinos e Caí, recebeu amplo apoio do governador em exercício do Rio Grande do Sul em exercício, Gabriel Souza (MDB). Além dele, cinco ex-governadores do Estado – Jair Soares (PP), Pedro Simon (MDB), Yeda Crusius (PSDB), e Germano Rigotto e José Ivo Sartori (MDB) – também endossam o projeto.
Em documento endereçado à comissão temporária externa do Senado Federal para acompanhar a tragédia do Rio Grande do Sul, o grupo pede respaldo ao movimento liderado pelo senador licenciado, Luis Carlos Heinze (PP/RS) e pelo deputado federal Luiz Carlos Busato (União/RS).
“Solicitamos, de forma urgente, o apoio dessa comissão externa para a implementação de projetos de contenção e mitigação das consequências do excesso de chuvas”, afirmam.
As lideranças políticas e empresariais demonstraram preocupação com o risco de novos eventos climáticos e cobraram dos senadores membros da comissão urgência no encaminhamento dos projetos ao governo federal.
“A incerteza quanto à segurança da população gera uma tensão insustentável. Solicitamos que essa Comissão atue com celeridade para endossar e apoiar a liberação de recursos para que as obras sejam iniciadas imediatamente”, detalham no ofício.
Luis Carlos Heinze explica que a decisão é suprapartidária e exige mobilização.
“Desde que esta solução chegou às minhas mãos, tenho promovido reuniões com prefeitos, promotores de justiça, deputados estaduais, imprensa, governo federal e estadual. Entendo que só assim é possível tirar esses projetos do papel e reduzir as chances de novas catástrofes. O Rio Grande do Sul precisa, com urgência, implementar medidas preventivas“, ressaltou.
A proposta de Heinze e de Busato prevê a retomada de cinco projetos, iniciados em 2012. O complexo contempla a construção de um sistema baseado em muros de contenção, os chamados diques, e aterros em solo, além de centrais de bombeamento de água. Soma-se a demanda melhorias no sistema de proteção de Porto Alegre. Os custos estão estimados em R$ 6,7 bilhões.
A ação também foi reforçada pelos presidentes da Assembleia Legislativa, Adolfo Britto (PP); da Federação das Associações Rurais do RS (Federasul), Rodrigo de Souza Costa; e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS), Leonardo Lamachia; além de deputados estaduais, prefeitos e vereadores de 13 municípios gaúchos.