Com o intuito de promover o debate sobre estratégias que fortaleçam a competitividade e a sustentabilidade do futuro da Serra Gaúcha, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) sediou nesta quinta-feira (28), o Fórum de Competitividade.
O encontro foi uma realização do Fórum de Competitividade, em correalização com o Transforma RS e CIC Caxias, contando com o patrocínio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Além disso, teve a chancela e apoio institucional do Centro de Liderança Pública (CLP), uma instituição nacional que produz anualmente o ranking de Competitividade dos Estados e Municípios, referendado pela B3, para avaliar a performance dos estados.
O presidente da CIC Caxias, Celestino Loro, abriu o evento, sendo seguido pela palavra do prefeito caxiense Adiló Didomenico (PSDB). No primeiro painel, a mediação foi do prefeito de Garibaldi e presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), Sérgio Chesini.
Durante sua fala, o Secretário da Reconstrução Gaúcha, Paulo Capeluppi, repassou que os investimentos nas rodovias da região da Serra devem chegar a R$ 627 milhões, seguido pela Região das Hortênsias (R$ 219 milhões).
“Estes projetos, e não estamos falando de tapar buraco, não é chegar com um caminhão e jogar brita, estamos falando de intervenções robustas que precisam passar por uma etapa de execução de projetos executivos. A boa notícia é que estas obras estão prestes a começar. Passamos pela fase de elaboração, contratação, e a partir deste último trimestre em setembro, nós vamos ver obras começando nas rodovias, muitas delas aqui na Serra, que foram afetadas e são ligações importantíssimas, tanto para a produção quanto para o turismo, e nós vamos ver essas máquinas na pista”, afirmou Capeluppi.
Obras como a duplicação de rodovias da região, o aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul, e a criação de mão de obra local em pontos como turismo e infraestrutura devem servir como uma alavanca do Rio Grande do Sul a nível de Brasil.
Posteriormente, Eduardo Krawetz Fernandez, empresário e embaixador do CLP no RS, mediou o segundo painel. O presidente do Banco Reginal de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e ex-vice governador Ranolfo Vieira Junior, salientou no início de sua fala, sobre o sucesso do Programa RS Seguro.
“Ninguém vai investir em um local inseguro. O RS Seguro está dando certo. Em 2019 nós éramos o nono estado mais seguro, agora estamos na terceira posição. Está bom? Claro que não, tem que melhorar mais, mas para quem estava em nono, está em terceiro. Para quem tinha 50 veículos por dia roubados, está com menos de dez. Para quem tinha 3 mil mortes por ano, fechou o ano passado com 1,4 mil, melhorou, e estamos no caminho certo, e tem tudo haver com competitividade”, salientou.
Já na parte final do evento, o governador Eduardo Leite (PSD) chegou na CIC, recepcionado por Adiló, que inclusive vai se juntar oficialmente a sigla do chefe do Executivo gaúcho, no próximo sábado (30).
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O governador repassou números sobre diversas áreas em evolução do Rio Grande do Sul, novamente citando a área da segurança, investimentos em rodovias, e a busca por soluções a problemas emergências por meio do Plano Rio Grande.
Um dos assuntos tratados foi quanto a demora para início das obras de duplicação do chamado Bloco 3, um conjunto de 271,5 km de estradas, incluindo ERS-122, ERS-240, RSC-287, ERS-446, RSC-453 e parte da BR-470, na Serra e Vale do Caí, sob responsabilidade da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Segundo Leite, as intempéries climáticas fizeram com que o planejamento inicial das obras tivesse que ser alterado.
“A concessão do Bloco 3 é bem-sucedida, mas teve a intercorrência das enchentes, e neste processo verificamos a necessidade de uma série de investimentos que não estavam inicialmente projetados, de resiliência, principalmente contenção de encostas, galerias, drenagem para um melhor suporte para evitar novos bloqueios em eventos climáticos. Se identifica uma necessidade de investimento de cerca de R$ 215 milhões e os recursos humanos, todas as pessoas envolvidas no projeto que deveriam do ano passado pra cá trabalhando nos projetos da duplicação, estão trabalhando nos projetos da resiliência”, explicou Eduardo Leite.
Segundo ele, as aprovações devem ser realizadas nas próximas semanas pela agência reguladora e a Secretaria de Reconstrução Gaúcha, responsável pelas concessões, para que só depois disso as obras de resiliência tenham seu pontapé inicial. Enquanto isso, as duplicações serão postergadas para um período mais adiante.
Leite, que deu uma entrevista coletiva ao lado de Capeluppi e Adiló, também falou sobre a troca de sigla de Didomenico
“É natural que quando a gente faz este movimento, que deputados queiram fazer este movimento e um grupo político todo acaba se movimentando. Dentro deste grupo eu fico muito feliz com contar com a parceria do prefeito Adiló, figura política de grande relevância, prefeito da nossa segunda maior cidade do Estado, a maior do interior. Reeleito, uma vida pública honrada, dedicada ao serviço público para essa comunidade, e estou muito feliz em contar com ele para essa nossa nova empreitada”, resumiu Eduardo Leite.
Segundo Leite, outros prefeitos também devem se juntar ao PSD nos próximos meses, fazendo com que o partido se fortaleça cada vez mais no Rio Grande do Sul.
Outras figuras notáveis no Fórum de Competitividade são o presidente da Randoncorp e do Conselho do Transforma RS, Daniel Randon, o secretário do Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, além dos empresários Eduardo Fernandez, Clóvis Tramontina, Neco Argenta, Ruben Bisi e Mauro Bellini, entre outros participantes também estiveram na CIC.
