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Fórum da Mulher Caxiense defenderá aposentadoria e o respeito neste 8 de março

Fórum da Mulher Caxiense defenderá aposentadoria e o respeito neste 8 de março

As atividades do Fórum da Mulher Caxiense estarão concentradas na defesa da aposentadoria e o respeito às mulheres, neste 8 de março. A reforma da Previdência de Jair Bolsonaro pune principalmente as mulheres, ao aumentar o tempo de contribuição e idade mínima, desconsiderando as multiplas jornadas e que as mulheres ainda ganham 30% a menos que homens no desempenho da mesma função.

As atividades acontecerão em dois momentos:
9h30 – Concentração em frente ao INSS e Ato Contra a Reforma da Previdência. Após, caminhada e panfletaço até a Praça Dante.
14h – Praça Dante Alighieri:
– Intervenções artísticas e visuais: gráfico “Não somos só estatística”, Varal abordando a questão da violência contra a mulher, apresentação do Maracatu Baque dos Bugres e Slam das Manas.
– Tendas com serviços jurídicos e de saúde e o “Ouça Mulheres”.

OBS.: Em caso de chuva a atividade no INSS será mantida, porém a da tarde será transferida para o dia 14/03, quando acontecerão atividades lembrando 1º ano do assassinato de Marielle.

Alguns dados sobre a violência contra as mulheres:

VIOLÊNCIA SEXUAL

– Cerca de 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes. Quem mais comete o crime são homens próximos às vítimas. (Fonte: Ipea)

– Há, em média 10 estupros coletivos notificados todos os dias no sistema de saúde do país. (Dados do Ministério da Saúde de 2016, obtidos pela Folha de S. Paulo). 30% dos municípios não fornecem estes dados ao Ministério. Ou seja, esse número ainda não representa a totalidade.

– Somente 15,7% dos acusados por estupro foram presos (Dados do estado de São Paulo obtidos pelo G1, referentes aos meses de janeiro a julho de 2017)

– O mesmo levantamento apontou que na cidade de São Paulo há 1 estupro em local público a cada 11 horas.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FEMINICÍDIO*

– A cada 7.2 segundos uma mulher é vítima DE VIOLÊNCIA FÍSICA. (Fonte: Relógios da Violência, do Instituto Maria da Penha)

– Em 2013, 13 mulheres morreram todos os dias vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas por parceiro ou ex. (Fonte: Mapa da Violência 2015)

– Esse número representa um aumento de 21% em relação a década passada. Ou seja, temos indicadores de que as mortes de mulheres estão aumentando.

– O assassinato de mulheres negras aumentou (54%) enquanto o de brancas diminuiu (9,8%). (Fonte: Mapa da Violência 2015)

– No estado de Roraima, metade das acusações de violência doméstica prescrevem antes de alguém ser acusado. Não foi conduzida nenhuma investigação nos 8.400 boletins de ocorrência acumulados na capital Boa Vista. (Dados do levantamento realizado pela Human Rights Watch em 2017)

– 2 em cada 3 universitárias brasileiras disseram já ter sofrido algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente universitário. (Fonte: Pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, do Instituto Avon, de 2015).

O QUE PENSAMOS SOBRE A VIOLÊNCIA?

– 94% da população acredita que uma mulher ser ‘encoxada’ ou ter o corpo tocado sem a sua autorização é uma forma de violência sexual (Dado obtido em pesquisa do Instituto Locomotiva/agosto 2017)

– Outra pesquisa do Instituto Locomotiva, dessa vez de 2016, aferiu que 2% dos homens admitem espontaneamente ter cometido violência sexual contra uma mulher, mas diante de uma lista de situações, 18% reconhecem terem sido violentos. Quase um quinto dos 100 milhões de homens brasileiros. (Fonte: Pesquisa “Percepções e comportamentos sobre violência sexual no Brasil”, de 2016)

– A quase totalidade da população (96%) acredita que é preciso ensinar os homens a respeitar as mulheres e não as mulheres a terem medo.

– 90% concordam que quem presencia ou fica sabendo de um estupro e fica calado também é culpado.(Fonte: Pesquisa “Percepções e comportamentos sobre violência sexual no Brasil”, de 2016)

– 54% conhecem uma mulher que já foi agredida pelo parceiro. Em todas as classes econômicas. (Fonte: Pesquisa “Percepção da sociedade sobre violência e assassinatos de Mulheres”, de 2013)

– Pelo mesmo levantamento, a maior parcela da população (85%) acredita que mulheres que denunciam seus parceiros correm mais riscos de sofrer assassinato.

– Vergonha e medo de ser assassinada são percebidas como as principais razões para a mulher não se separar do agressor e metade da população considera que a forma como a Justiça pune não reduz a violência contra a mulher.