Problema histórico em Caxias do Sul, a perturbação do sossego foi tema de uma reunião na Câmara de Vereadores na tarde desta quinta-feira (9). A Brigada Militar (BM) e a Guarda Municipal apresentaram dados e como é feito o combate a estas contravenções.
O capitão Jorge Mascharin, do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) relatou que, nos últimos três meses, foram feitos 36 termos circunstanciados. O oficial lembrou dos problemas causados por grupos de motociclistas que pilotava pela madrugada e admitiu que o combate precisa ser diário.
“A perturbação do sossego não anda sozinha. Sabemos que atrai crimes conexos, como consumo de drogas, indivíduos armados, foragido e até homicídios, quando se encontram rivais de facção. É uma contravenção que traz dor de cabeça para toda a comunidade e as forças de segurança estão unidas neste combate”, ressaltou o capitão Mascharin.
Presidente da Comissão de Segurança Pública e Proteção Social, o vereador Alexandre Bortoluz (PP) reforçou a importância de manter a perturbação do sossego sempre em debate. O parlamentar relata que as denúncias, recebidas na Câmara de Vereadores, apontam para problemas na Estação Férrea e próximo a um shopping no bairro Villagio.
“É uma demanda constante e a nossa reunião é justamente para conseguirmos realizar, de modo paliativo, sabemos, o combate de forma emergencial as irregularidades no trânsito e a poluição sonora. Alguns carros possuem sons de uma potência exacerbada que causam essa perturbação até mesmo no domingo à noite, como diversas denúncias que recebemos”, aponta.
Por ser um delito migratório, a Brigada Militar destaca a importância da comunidade fazer denúncias ao 190. O capitão Mascharin admite que, por vezes, não há viaturas suficientes para atender toda a demanda de chamados em um final de semana, mas reforça o comprometimento dos policiais militares em combater este problema.
“Acontece a atuação policial e estes indivíduos vão para outro bairro. Quando a polícia sai, eles voltam. A comunidade não deve deixar de denunciar, pois combateremos energicamente esta prática. Por vezes, pode acontecer da pessoa ligar e a BM não conseguir enviar uma guarnição naquele momento. Mas, a orientação até para o telefonista, é ir mesmo que 30 minutos ou uma hora depois. É uma demanda muito grande que, por vezes, temos, mas a orientação é ir em todas as denúncias”, reforça o oficial da BM.
Os secretários municipais de Segurança Pública, Paulo Roberto Rosa, e de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior, concordaram que as operações conjuntas precisam prosseguir. Por fim, a reunião pública também debateu ações a serem feitas no Carnaval que se aproxima e terá os tradicionais blocos nas ruas.
“Aproveitaram a reunião para falar sobre, afinal todos sabemos o que aconteceu no ano passado. Perturbação, tumultos e cenas de violência que foram filmadas e repercutiram em nível nacional. É uma preocupação nossa e dos órgãos de segurança. Sabemos a dedicação e o reforço que veio as forças policiais. Esperamos que o Carnaval ocorra tranquilo e como muita diversão a todos”, comenta Bortoluz.