Ocorreu na manhã desta segunda-feira, dia 26, a reunião do comitê de crise da Prefeitura de Caxias do Sul para avaliar a situação dos moradores de rua. A medida foi desencadeada após a morte de José Monteiro da Silveira, 35 anos, provocada após o ataque de um morador de rua em surto na madrugada de domingo, dia 25, na Rua Sarnento Leite, no bairro Rio Branco. A vítima fatal foi atingida por três golpes de faca nas costas e no peito. Um jovem de 19 anos foi atingido de raspão.
Conforme o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, algumas medidas de curto prazo já foram definidas e iniciam já nesta segunda-feira, com apoio dos servidores da Fundação de Assistência Social (FAS), Secretaria Municipal da Saúde e Guarda Municipal.
” Vamos realizar abordagens e recadastramento dos moradores de rua, com retirada dos mesmos de marquises nas entradas de bancos, de estabelecimentos alimentícios e do passeio público. Além disso, vamos disponibilizar mais recursos para compra de passagens (para retorno às cidades dos abordados), campanhas educativas para população evitar ajuda direta com esmola, alimentos ou qualquer outro auxílio, mas sim por meio das entidades sociais regularizadas, que possuem critérios e regramentos”, destacou o prefeito.
Adiló destaca que os abordados nestes locais terão os pertences recolhidos, sendo facultada a retirada no prazo de 24 horas. Serão disponibilizados à população de rua todos os serviços do município, como o atendimento do Pop Rua, encaminhamento de currículos para o mercado de trabalho e 120 vagas de acolhimento diárias em albergues, além de vagas em residenciais terapêuticos e nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
A população também pode participar das ações com denúncias, através do telefone e WhatsApp da FAS (54) 98403.8864 (das 8h as 22h), ou pelo número da Guarda Municipal 153 (atendimento 24 horas).
Conforme a FAS, estão cadastrados atualmente cerca de 750 pessoas em situação de rua no cadastro único do município; 500 pessoas são atendidas diretamente no Pop Rua; 140 pessoas são atendidas pela abordagem social; e 120 pessoas estão acolhidas em casas de passagem.
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