O Fluminense coroou a sua brilhante campanha ao conquistar o inédito título da Copa Libertadores ao vencer por 2 a 1 o Boca Juniors, neste sábado( 04), no Maracanã, no Rio de Janeiro. Os gols do título foram marcados pela principal dupla de artilheiros, o argentino Germán Cano, e o brasileiro John Kennedy, este último durante a prorrogação.
Era o título que faltava ao Fluminense em seus 121 anoS de vida, antes quatro vezes campeão brasileiro (1970/1984/2010 e 2012) e uma da Copa do Brasil (2007), além de 33 títulos estaduais pelo Rio de Janeiro. Com a vitória, o clube carioca ainda levou US$18 milhões (R$94 milhões) como premiação, enquanto o Boca terá de se contentar com US$7 milhões (R$36,5 milhões).
DOMÍNIO TOTAL
O primeiro tempo foi todo do Fluminense, que chegou a ter 80% de posse de bola. O Boca Juniors manteve seu estilo de jogo, esperando na defesa para tentar um gol em algum contra-ataque. Teve duas boas jogadas, em cima do experiente Cavani.
Apesar do domínio territorial, o Fluminense criou pouco, assustando em duas cabeçadas. Mas chegou ao gol aos 36 minutos. Após jogada pelo lado direito, Keno cruzou em direção à grande área, onde Cano fez o drible de corpo em Advíncula e bateu de primeira, com o pé direito. A bola entrou no canto direito do goleiro, que saltou e nem chegou na bola.
BOCA JUNIORS EM CIMA
Mas no segundo tempo, o Boca Juniors avançou sua marcação, empurrando o time carioca para seu campo defensivo. O capitão Felipe Melo sentiu sua lesão muscular e precisou ser substituído por Marlon. O técnico Diniz não quis improvisar na troca, mesmo porque o volante André tinha grande atuação no meio-campo.
A partir dos 15 minutos, o Fluminense equilibrou as ações, procurando segurar a bola. As trocas de passes constantes irritavam os argentinos, que exageraram em faltas. Num momento crítico do jogo, o Boca empatou, aos 27 minutos. Após jogada pelo lado direito, Advíncula recebeu na entrada da área, sozinho, e chutou forte no canto direito de Fábio. Este empate mudou o aspecto emocional do jogo, intimidando o Fluminense e, ao mesmo tempo, incentivando o Boca Juniors, mais agressivo e confiante.
MUDANÇAS FINAIS
Fernando Diniz tentou mudar a história do jogo, dando mais intensidade com as entradas de Diogo Barbosa, Lima e John Kennedy. Já cansados, saíram Marcelo, Paulo Henrique Ganso e Lima. Mas o jogo, nesta altura, já estava nervosos e seguiu movimentado, com jogadas dos dois lados. Assim foi até o apito final que levou a decisão para a prorrogação.
PRORROGAÇÃO
A cautela para não sofrer um golpe fatal transformou em ainda mais dramática a reta final do jogo. A partir dos pés de Diogo Barbosa, que há pouco havia perdido um gol de frente com o goleiro adversário, surgiu a jogada mais perigosa da primeira metade, quando lançou Keno e o atacante, de cabeça, ajeitou para John Kennedy, que chegou finalizando de primeira da entrada da área e estufou a rede depois de uma pancada.
Atiçando a torcida na comemoração, o jovem acabou expulso ao receber o segundo amarelo e deixou o Fluminense com um a menos em campo. No último lance do primeiro tempo, Fabra também foi expulso por agredir o zagueiro Nino, que também recebeu amarelo no lance, e os times foram para o intervalo com dez em campo cada.
O Boca Juniors abusou das últimas alterações para tentar um gás a mais, com as saídas de Ezequiel Fernández, Medina e Figal, entrando Saracchi, Taborda e Valdez. Com nove minutos, o Fluminense quase ampliou em contra-ataque, mas a caprichosa finalização de Guga foi mansa até a meta e parou na trave direita de Sergio Romero.
Depois da blitz do Boca Juniors na reta final, Wilmar Roldán levantou o braço e sinalizou o fim da partida, decretando o título de campeão da Libertadores de 2023 ao Fluminense, de forma inédita.