Caxias do Sul

Florense, Marcopolo, Randon e Soprano se unem para fazer o Estado crescer

Júlio Soares / Divulgação
Júlio Soares / Divulgação

A informação de que o Rio Grande do Sul não faz parte da teia mundial de ecossistemas de inovação não soprou agradável nos corredores de corporações da Serra Gaúcha. Florense, Marcopolo, Randon e Soprano decidiram ser as protagonistas para apagar essa mácula e criaram a Hélice – Movimento pela Inovação. O projeto, desenvolvido por um grupo de notáveis das empresas, entidades, instituições de ensino e o poder público, foi lançado oficialmente na noite de quinta-feira (18), em um ambiente que mostra uma mudança de perspectiva diante de outras iniciativas do passado: um coworking.

O Movimento pela Inovação não tem nomes, rostos ou donos, segundo seus idealizadores. Ele tem um propósito. E não é o de reinventar as relações comerciais. É mais simples e, por isso, mostra-se mais eficaz: quer deixar de correr para voar na disputa por mercado. Esse é motivo pelo qual as empresas tomaram emprestada a invenção de Josef Ressel, a hélice, para dar nome ao projeto que quer ser o propulsor para levar Caxias do Sul e a Região à vanguarda da inovação. Observando a tendência mundial e absorvendo conhecimento de quem passou do estágio embrionário, a Hélice começa buscando soluções para demandas comuns às fomentadoras do projeto por insights de starups gaúchas.

A ideia parece ser simples e lembra a maneira de atuar de entidades e sindicatos patronais. Entretanto, a fundamentação ultrapassa o discurso pela compreensão do princípio darwiniano de que não são os mais fortes ou os mais inteligentes que triunfam e sim os que têm capacidade de se transformar conforme o ambiente. Seguindo a linha evolutiva do cientista, as quatro corporações se aliaram à ACE, uma aceleradora de startups que filtram usinas de ideias que precisam de incentivo pra sair do papel, para executar soluções em logística, recursos humanos e relações com fornecedores. O segundo passo é inserir as 60 mil empresas da região neste processo de competitividade.

O projeto já venceu algumas etapas e agora chega à fase que o envolvimento deixa de ser restrito ao grupo de executivos e passa a buscar no mercado a solução para os problemas comuns. As ações serão apresentadas em workshops desenvolvidos pela ACE. O primeiro acontece em Caxias do Sul, no próximo dia 23, das 10 às 17h, na FSG – Centro Universitário.