Bento Gonçalves

Flávio Rocha diz no CIC de Bento que sabe o caminho para a geração de empregos

Flávio Rocha diz no CIC de Bento que sabe o caminho para a geração de empregos


Um titanic ameaçado por dois icebergs. Assim o pré-candidato à Presidência de República Flávio Rocha definiu em Bento Gonçalves nesta sexta-feira, dia 11, a situação política do país, acossado por duas ameaças reais: a extrema-esquerda e a extrema-direita. Esta foi a imagem usada pelo empresário a empresários, autoridades e convidados que ouviram as ponderações de Rocha sobre o que ele entende ser o caminho para tirar o país da crise para justificar sua candidatura durante a reunião-almoço realizada no Centro Empresarial Bento Gonçalves, sede do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC).

Mensagem de Flávio Rocha foi bem recebida pelos empresários no CIC de Bento Gonçalves (Fotos: Rogério Costa Arantes)

O dono das lojas Riachuelo e ex-deputado federal defendeu o livre mercado, disse que sabe o caminho para gerar empregos e tirar o país da crise e afirmou que o país precisa de um Estado eficiente, da reforma do sistema político e de um novo pacto federativo, e garantiu que, depois de ficar fora da política por 23 anos, ele se coloca novamente disputando uma eleição para “defender a família”. Não à toa, ele utiliza um personagem que representa o brasileiro médio em uma idealizada cliente de suas lojas, denominada por ele como Maria. Em resumo, se estiver bom para Maria, será o certo a fazer.

Rocha acredita que a família está sendo ameaçado por uma distensão dos valores e dos costumes que precisa ser estagnada. Mesmo afirmando otimismo com o futuro do país, alertou para o risco da polarização levar a uma escolha que considera um caminho certo para o desastre, entre a extrema-esquerda, que considera anacrônica e que teria como legado a produção de 14 milhões de desempregados, e a extrema-direita, que, segundo ele, representa um perigo à democracia.

Rocha afirma que o debate sobre valores e costumes definirá as eleições

“Precisamos apresentar uma reação indignada a esta tática sórdida de atacar nossos valores mais fundamentais”, disse.

Mas foi a resposta positiva sobre o entendimento da pauta econômica que fez o empresário se sentir em casa diante de empresários de diversos setores da economia de Bento Gonçalves. Conservador nos costumes, como se define, Rocha defendeu a agenda liberal na economia, e afirmou que são necessárias quatro reformas para desenvolver o país: além da reforma trabalhista, em andamento, ele defende a reforma tributária e reformar a previdência e uma reforma estrutural, que deve diminuir o tamanho do Estado e torná-lo mais eficiente.

“O Brasil tem Estado demais onde não precisa ter Estado, e Estado de menos onde ele é essencial e insubstituível”, criticou o pré-candidato, sem esquecer que o combate à corrupção deve ser contínuo. Tudo passa pelo livre mercado. “O desinfetante natural da corrupção é o livre mercado”, assegurou, afirmando que não defende protecionismo na economia, mas afirmou que é preciso desonerar a produção no país para garantir mais competitividade.

Clóvis Tramontina prestigiou palestra do empresário Flávio Rocha

Rocha atraiu a atenção de empresários importantes da região, como Clóvis Tramontina. Um deles, do ramo metalúrgico, sintetizou a boa impressão: “Ele fala como nós”. Para o presidente do CIC, Elton Gialdi, além de apresentar suas ideias, a palestra de Rocha serve para motivar o empresariado ao protagonismo político, e cumprimentou a decisão de Rocha em voltar à vida política. “Talvez, somente tendo um empresário no posto máximo de nosso país consigamos ser melhor compreendidos e mais apoiados”, afirmou.

Diferente de 1994, quando não passou da pré-candidatura, Rocha disse que a candidatura deve ser lançada

Antes de falar aos empresários, Rocha atendeu à imprensa ao chegar na sede do CIC depois de uma viagem que iniciou em Manaus (AM). Na coletiva, defendeu as privatizações, afirmou que a geração de empregos será uma prioridade e disse que as candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB) não representam suas posições e criticou o que chamou de “xiitismo trabalhista”, que pune o empresariado.

Rocha afirmou que sabe o caminho para gerar empregos, e garantiu que o setor varejista pode em curto prazo criar cerca de dois milhões de emprego, o que, segundo ele, poderia gerar um crescimento do emprego no setor de produção.

“Temos o caminho da saída, e somos o desabafo do grito que está travado na garganta do eleitor”.

No final, afirmou que as ações do Ministério Público do Rio Grande do Norte que culminaram em uma autuação milionária por questões ligadas a condições de trabalho de empresas subcontratadas pela Riachuelo são resultado da “máquina de não-fazer nada do MP” e acusou o também pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) de realizar uma campanha difamatória pela qual Rocha o está processando. “O inimigo do trabalhador hoje é o xiita trabalhista. Este é o que destrói empregos, esse é o culpado por termos 14 milhões de desempregados”, resumiu.