Considerada um dos maiores fluxos migratórios da história, a imigração italiana ocorrida no final do século 19 é o pano de fundo do documentário Legado Italiano. A produção contou com o apoio da Garibaldi Film Commission e da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura do município.
Com cenários no Rio Grande do Sul (Serra Gaúcha e Vale do Caí) e no norte da Itália, Legado Italiano revisita os 145 anos da imigração italiana para a Serra Gaúcha e os inúmeros legados deixados ao longo desse tempo. Uma verdadeira colcha de retalhos formada, entre outros, por temas como a religiosidade, a música, a gastronomia, a arquitetura, a indústria, o talian e o vinho, abordados a partir dos relatos dos descendentes de imigrantes da região.
O filme está disponível no site www.legadoitaliano.com.br, ao valor de R$ 14,90. Com o cupom “TURISMOGARIBALDI”, o acesso fica por R$ 9,90 e a promoção é válida até o dia 20 de fevereiro. São oferecidas ferramentas de acessibilidade como closed caption, libras e audiodescrição. Dirigido por Marcia Monteiro, o documentário foi produzido pela Camisa Listrada, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews e Celeiro Produções e distribuição da empresa gaúcha Lança Filmes.
Durante as gravações na Serra Gaúcha, que ocorreram nas cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Monte Belo do Sul, Nova Pádua, Pinto Bandeira, São Sebastião do Caí e Vila Flores, realizadas em 2015, 2017 e 2018, diversos garibaldenses participaram, tanto com informações, como em entrevistas e locuções. A arquiteta Iris Schmitt, que narra um trecho da produção, acredita que o documentário Legado Italiano é um mergulho profundo na história dos antepassados e seus costumes.
“É um grande quebra-cabeças que reúne toda trajetória, luta e cultura do nosso povo. Foi uma honra, embora eu seja de origem alemã, portuguesa e indígena, falar da arquitetura trazida pelo povo italiano para a região que escolhi construir os meus sonhos. Tenho muita admiração pelas casas, edifícios comerciais e religiosos que ocupam nossa malha urbana e rural, dos mais simples aos mais rebuscadas”, define.
Responsável pelo projeto de restauro da Igreja Matriz São Pedro de Garibaldi, Iris lembra que as gravações ocorreram durante as obras.
“Foi muito especial, pois fizeram muitas perguntas sobre o processo de restauração e de como os imigrantes influenciaram na construção de algo tão grandioso. Lembro que foi no dia em que estávamos recuperando as duas portas do altar e testando o marmorizado das colunas”.
O documentário aborda também a importância da religião e da fé para os imigrantes.
“Foi entorno dos templos que as cidades se desenvolveram. Nossas construções contam a história do seu tempo, nossos espumantes brindam a isso e ao nosso legado. Estou há 14 anos em Garibaldi e me sinto parte disso”, finaliza a arquiteta.