O resultado da inflação medida pelo IPCA-15 divulgado na manhã de quinta-feira (28) pelo IBGE mostra que os preços das carnes tiveram forte queda este ano. A inflação fechou o ano com alta de 4,72%, abaixo do teto da meta. Os alimentos ajudaram a segurar os preços. A alimentação no domicílio ficou 0,82% mais barata este ano. No caso das carnes, a queda média dos preços foi de 9,29%. O churrasco do brasileiro, assim, ficou mais barato em 2023.
O preço da picanha caiu 9,49% e da alcatra, 9,93%. O cupim ficou 5,16% mais barato. E a costela na brasa também está mais em conta: este corte de carne recuou 12,41%.
Fora das grelhas, o bife também está menos salgado. O preço do filé-mignon caiu 12,13%. E o contrafilé teve redução de 8,38%. Mas a cerveja tradicional dos brasileiros ficou mais cara. Em média, o preço subiu 6,49% este ano.
E se o lazer com os amigos está mais em conta, viajar ficou bem mais caro. O preço da passagem aérea disparou, registrando alta de 48,11% – a segunda maior variação entre os mais de 400 de itens pesquisados pelo IBGE.
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação e mede a variação dos preços entre os dias 15 de cada mês. Assim, o resultado de hoje mostra como variaram os preços entre 15 de dezembro de 2022 e 15 de dezembro deste ano.
O resultado fechado do IPCA de 2023, usado como referência nas metas de inflação do governo, só será conhecido no início de 2024. Mas deve confirmar um resultado abaixo do teto da meta fixada para este ano.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que reúne ministérios da Fazenda e do Planejamento, além do Banco Central, a meta de inflação do governo é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
Será a primeira vez, desde 2020, que a inflação fechará o ano dentro da meta.
Apesar da queda nos alimentos, alguns itens tiveram forte alta. É o caso do azeite, que subiu 37,76%. Veja abaixo os principais destaques do IPCA-15.
A queda no preço de carnes, aves e proteínas este ano:
Picanha: -9,49%
Filé-mignon: -12,13%
Contrafilé: -8,38%
Costela: -12,41%
Cupim: -5,16%
Alcatra: -9,83%
Patinho: -9,47%
Chã de dentro: -7,97%
Lagarto redondo: -10,89%
Músculo: -11,47%
Acém: -11,62%
Peito: – 13,75%
Frango em pedaços: -10,73%
Frango inteiro: – 7,43%
Carne de porco: – 2,22%
Linguiça: -1,12%
Salsicha: -2,69%
Mortadela: -1,19%
Bacalhau: -1,13%
Os itens que subiram muito:
Passagem aérea: 48,11%
Azeite de oliva: 37,76%
Ar-condicionado: 19,34%
Plano de saúde: 11,56%
Gasolina: 11,10%
Cerveja: 6,49%
Fonte: O Sul