A fila que se forma em frente ao FGTAS/Sine em Bento Gonçalves há algum tempo seria superada, e muito, pela fila virtual dos que agendam e não comparecem aos atendimentos. De acordo com o coordenador do órgão, Sandro Castagnetti, só em abril, 253 pessoas deixaram de comparecer ou não dispunham da documentação completa para fazer algum tipo de procedimento ligado a Carteira de Trabalho Previdência Social (CTPS).
Com uma servidora a menos e com a percepção dos prejuízos que isto acarretava aos que poderiam comparecer, Castagnetti começou a fazer agendamentos no próprio local para o outro dia ou o mais próximo possível.
O tempo de cada de atendimento ao público é da 8h às 17h de segunda a sexta-feira e o tempo para cada agendamento é de até 15 minutos. Em caso da necessidade de emissão de uma nova Carteira de Identidade o Instituto Geral de Perícias, funciona no mesmo local, facilitando a vida dos trabalhadores.
Atualmente segundo ele há pouca rotatividade de trabalhadores motivada pela falta de abundância de vagas no mercado e medo de perder o emprego.
Castagnetti lembra que o objetivo do FGTAS/Sine não é o de empregar, mas servir de elo entre a mão de obra existente e as empresas. “Quem faz a entrevista e seleção são as empresas, nós apenas organizamos as demandas para esta captação”, assegurou.
Vagas
Até esta terça-feira, 15, havia 13 vagas de trabalho disponíveis para diversas funções, para quem tem experiência comprovada na CTPS, sendo:
Tecnólogo em Edificação (1)
Armador de ferro (1)
Assistente Administrativo (1), Carpinteiro (2)
Eletricista de instalação (1)
Instalador hidráulico (1)
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Sobre os estrangeiros
Um contraste cada vez mais acentuado no Brasil, haitianos, senegaleses e venezuelanos disputam vagas de trabalho no país. Com características próprias de cada origem, haitianos e senegaleses possuem a solidariedade entre si como ponto positivo. Vivendo em pequenas comunidades, quem consegue uma vaga de trabalho ajuda os que ainda não tiveram a mesma sorte.
Os senegaleses se caracterizam pela venda ambulante e os haitianos pela busca de emprego formal. As profissões são diversas. Alguns possuem formação acadêmica mas, precisam passar por uma prova de pró-eficiência para registrar o diploma. Há senegalezes com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e carro próprio.
Os haitianos percorrem um longo caminho, gastando com passagem aérea e alimentação, fazem escala no Panamá até adentrar no Brasil. Da fronteira percorrem o País em busca de trabalho, cuja renda, tem dar para se manterem e ainda sobrar para a família que ficou no País de origem.
Os Venezuelanos são mais ávidos no encaixe das vagas de trabalho, mas, a exemplo dos haitianos e senegaleses migram para onde há oportunidade de trabalho, atuando em frigoríficos, safra da uva e colheita da maça em Vacaria. Dependendo da época, toda semana cerca de 15 a 20 pessoas conseguem trabalho nos frigoríficos da região.
Com seis servidores, o FGTAS/Sine de Bento Gonçalves possui uma servidora que, por formação religiosa aprendeu a língua crioula, facilitando a comunicação com os imigrantes.
A língua crioula se deriva sempre de um pignin (composta por elementos de duas ou mais línguas), que não é uma língua natural, mas apenas um sistema de comunicação rudimentar, alinhavado por pessoas que falam línguas diferentes e que precisam se comunicar. Não se caracteriza como dialeto.
No prédio do FGTAS, situado na rua Marechal Floriano, 142, também funciona o Instituto Geral de Pericias (IGP), e por estarem agregados, algumas pessoas ligam para o telefone do FGTAS para solicitar informações do IGP e vice-versa, o que acaba atrapalhando o andamento dos serviços. Para falar com o FGTAS o número é 3452 4824 e para contatar o IGP é o 3451 5197.
