Feira Virtual é alternativa de geração de renda e escoamento da produção

Desde meados de abril, mais de 900 empreendimentos de agroindústrias, cooperativas e agricultores familiares do Rio Grande do Sul estão cadastrados na Feira Virtual da Agricultura Familiar (Fevaf), disponível aqui, e que conta com mais de 100 mil visualizações. O objetivo do hotsite é aproximar produtores e consumidores, favorecendo o escoamento da produção por meio do atendimento virtual.

“Depois que começou a pandemia, a gente teve mais clientes novos conhecendo e comprando os nossos produtos e as vendas aumentaram mais de 50%”, afirma Roberto Parisotto, proprietário da Agroindústria Família Parisotto, de Bento Gonçalves, que produz massas, molhos e biscoitos, e é um dos cadastrados na Fevaf da Emater/RS-Ascar, mantida em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

Embora a feira do produtor no município, que é o principal ponto de venda de Parisotto, tenha sido retomada aos sábados à tarde, a família continua com as entregas a domicílio. “Se não fosse essa iniciativa, as agroindústrias estariam penando. A nossa não pode se queixar, apesar de ter começado há pouco tempo”, explica o agricultor.

Daniel Santos Castilhos, produtor de morango em cultivo protegido da localidade de Capão Penso, em Cambará do Sul, já vinha vendendo três vezes por semana diretamente ao consumidor e em alguns mercados. Mas com a recomendação de isolamento social devido à Covid-19 e menor circulação de pessoas, a procura diminuiu. “Só que, com a divulgação nas nossas redes sociais e a iniciativa da Emater de elaborar um informe virtual com a oferta de produtos da agricultura familiar, mais o cadastro na Fevaf, aumentamos em cerca de 30% as vendas de morango”, comemora.

A bacharel em administração e jovem rural, Thaísa Wesner Marquezan, conta que o jornal de sua cidade, Santa Maria, encontrou o seu contato por meio da Fevaf para realizar uma entrevista e que essa divulgação alavancou a procura e vendas da T&M Alimentos Saudáveis. “Ao meu ver, o que vende mesmo é o que a pessoa olha. Eu só vendo porque posto nas redes sociais todos os dias fotos dos nossos produtos. Seria legal se a página conseguisse bolar um espaço para imagem e breves informações”, sugere Thaísa.

Conexão direta entre produtor e consumidor

“O produto precisa ser vendido, sair do campo e chegar à mesa do consumidor, e a Feira Virtual possibilita que a cidade saiba mais sobre os produtos oferecidos pelas agroindústrias familiares do nosso Estado”, explica o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho.