Brasil

Fecomércio - RS projeta crescimento de 3,2% para o PIB nacional e de 2,5% para o gaúcho em 2021

Entidade avalia que o cenário econômico será novamente ditado pela Covid-19 no próximo ano

A recuperação do volume de vendas deverá acompanhar o crescimento da economia, com um aumento de 2,5% no comércio e 3,5% no setor de serviços.
A recuperação do volume de vendas deverá acompanhar o crescimento da economia, com um aumento de 2,5% no comércio e 3,5% no setor de serviços.

Ainda sob influência da Covid-19, o cenário econômico em 2021 será determinado por questões como novas ondas da pandemia, vacinação e medidas de isolamento que podem ser adotadas pelos governos. Projetando um contexto em que não haja um novo fechamento da atividade econômica em 2021, a Fecomércio-RS prevê crescimento de 3,2% para o PIB nacional e de 2,5% para o gaúcho no próximo ano.

Segundo o consultor econômico da entidade, Marcelo Portugal, a recuperação no Rio Grande do Sul deverá ser menor por conta do clima, pois a produção agrícola deve ser afetada pelo fenômeno natural La Niña. Além disso, uma hipótese fundamental é que não haja o retorno das medidas adotadas no período de março e abril que levaram à paralisia de grande parte da atividade econômica no país.

A recuperação do volume de vendas deverá acompanhar o crescimento da economia, com um aumento de 2,5% no comércio e 3,5% no setor de serviços. A inflação medida pelo IPCA, que deve ficar em 4,0%, é um dos maiores desafios para 2021, juntamente à retomada do equilíbrio fiscal. Estima-se um cenário mais complicado no primeiro semestre, com um crescimento expressivo de janeiro a maio, de acordo com Portugal. Porém, na segunda metade do ano, a tendência é de diminuição da inflação. Os juros devem chegar a 3,75% e o câmbio deve ficar em 5,0 R$/US$ ao final de 2021. “De forma geral, o que esses números mostram é um retorno à situação que tínhamos em 2019, que foi um ano relativamente medíocre do ponto de vista do crescimento econômico e de expansão”, explica Portugal.

A normalidade fiscal do país, com o teto de gastos sendo respeitado e a meta de superávit primário sendo cumprida, é fator essencial para que haja o controle da inflação e um câmbio mais amigável. O equilíbrio fiscal também é fator importante para o crescimento de médio e longo prazo e condição fundamental para a expansão da atividade econômica e diminuição do desemprego, segundo a análise da Fecomércio-RS. Para contribuir com este cenário, o presidente da Federação, Luiz Carlos Bohn, reafirma que a entidade seguirá dialogando com os parlamentares e apoiando medidas como as reformas administrativa e tributária, além de esperar que os governos estadual e federal façam a sua parte controlando o crescimento da