Um projeto do estado do Rio Grande do Sul que visa combater a proliferação de Dengue está sendo realizado em 23 municípios, entre eles, a cidade de Farroupilha. O projeto-piloto começou quando houve a primeira reunião para tratar deste tema ainda em outubro de 2022.
As ovitrampas, como são chamadas, são armadilhas que tem como objeto atrair os mosquitos existentes em determinado local. Silvana de Lima, diretora geral da Secretária de Saúde de Farroupilha falou sobre como funcionam as armadilhas:
“Essas armadilhas são montadas em vasinhos de flor, potinhos, com uma palheta de compensado presa com um clips, e ali vai uma mistura de água com levedura de cerveja. Essa armadilha serve para monitorar a incidência de mosquitos naquela região”, explicou Silvana
Ao todo 50 locais vão receber estas armadilhas durante os 12 meses do ano, tendo em vista que cinco dias depois de ser instalada, ela é recolhida. É importante ressaltar que essa mistura com levedura não atrai o mosquito de outros lugares, apenas aqueles que já estão em determinado local.
Apenas os municípios que tem laboratório próprio para identificar casos positivos para a doença foram selecionados para este projeto piloto, como explica Silvana:
“Os municípios selecionados são os que tem laboratório próprio para identificação do mosquito, se é positivo para Aedes Aegypti ou não. Farroupilha está, assim como a maioria das partes do Estado, praticamente todo em todo o município com mosquitos do Aedes Aegypti. Nem em todos os bairros foram localizados ovos, mas em praticamente todos foram localizados mosquitos”, alertou Silvana.
Sobre os locais que mais tiveram a incidência de focos, Silvana de Lima falou que não existe um local específico, pois os pontos de foco estão bastante distribuídos, porém existem bairros que merecem maior destaque:
“Nós temos em quase todos os bairros, mas o bairro Santo Antônio está com o maior número de focos. Nós tivemos até agora duas notificações, mas deram negativos para dengue. Não temos nenhum morador com a doença da dengue”.
Na comparação com 2022, onde em janeiro foram registrados quatro focos positivos e um mosquito adulto, já em 2023 foram registrados 21 focos positivos e 21 mosquitos adultos por residência:
“O que dificulta bastante também o trabalho dos agentes de combate à endemias, foram 1.747 imóveis fechados. É um número bem elevado de residências de pessoas que estão trabalhando. É importante entrar em contato quando o pessoal deixa o bilhetinho para agendar uma nova visita”, ressaltou a diretora.
Não deixar água parada é o melhor tipo de prevenção, tendo em vista que é recorrente as pessoas deixarem vasilhas, pneus, vasos de plantas, piscina com pouca água, estes que são cenários ideais para que ocorra a transmissão do vírus.
Existe a preocupação a partir do mês de março com as chuvas, pois os mosquitos colocam os ovos em partes secas de caixas d’água, pneus, potes entre outros, e com o contato da água, estes ovos eclodem, formando mosquitos. Por ser um projeto-piloto, não existem previsões para que as ovitrampas sejam instaladas em mais localidades