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Farroupilha deve ter rombo de R$ 50 milhões no orçamento, afirma secretário de Finanças

Valor, fruto dos eventos climáticos, é uma estimativa para reconstrução de estradas e pontes aliada a perda de 25% do ICMS

FARROUPILHA
Foto: Gabriel Gabrielli/Prefeitura de Farroupilha

O desastre climático deve fazer com que o município de Farroupilha planeje suas finanças com maior cuidado nos próximos meses. Felizmente os estragos não tomaram proporções tão grandes, mas o impacto nas receitas deve girar na casa dos R$ 50 milhões.

Em contato com o Secretário municipal de Finanças, Plínio Balbinot, ele afirmou que o montante engloba obras para reconstrução de estradas e pontes e aliado a isso a redução da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O chefe da pasta afirmou que até antes das enchentes, Farroupilha vivia uma situação de equilíbrio financeiro, com receitas planejadas e gastos controlados. Porém o recente cenário apresenta um aumento das despesas para reconstrução de diversos pontos.

A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) estima que a perda de arrecadação do ICMS nas prefeituras deva ser de 25%. Em Farroupilha este valor corresponde a aproximadamente R$ 23 milhões.

“Estima-se que entre R$ 23 milhões a menos e Farroupilha no levantamento prévio deve passar de 30, chegando a 40 milhões pra gente reconstruir estradas, pontes, obras de infraestrutura. Arredondando estamos falando de R$ 50 milhões”, afirmou o secretário.

Secretário de Finanças de Farroupilha, Plínio Balbinot (Foto: Cristiano Lemos/Prefeitura de Farroupilha)

Plínio Balbinot avalia que a situação só poderá ser contornada com recursos do governo federal. A expectativa seria ainda que houvesse um repasse adicional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), para que o déficit gerado pelo ICMS pudesse ser suprido.

Por outro lado, do governo estadual não há perspectivas de ajuda com verbas, tendo em vista que os cofres do Estado também sofrem muito com a situação atual.

Por fim o secretário afirmou que será necessário replanejar os gastos, para que seja possível fechar as contas no final do ano e ainda tentar adquirir recursos de outras formas.