Caxias do Sul

Famílias envolvidas em incêndio aguardam há quase dois anos por novas moradias em Caxias do Sul

Na edição de terça-feira (7) do Bom Dia Trabalhador, da Rádio Viva, o presidente da Amob Mariani reivindicou auxílio da Secretaria Municipal da Habitação

Foto: Dorival Arruda / Reprodução
Foto: Dorival Arruda / Reprodução


Nove famílias do bairro Mariani, Zona Oeste de Caxias do Sul, aguardam, há quase dois anos, pelo desfecho do dia em que perderam tudo. Em 25 de fevereiro de 2021, um incêndio destruiu ao menos três residências de madeira em uma área ocupada, entre as avenidas Oliveiro Marcelino Teixeira e Angilo Scola. O sinistro não causou vítimas fatais, mas consumiu casas e histórias.

Desde então, essas pessoas são assistidas pelo Programa Auxílio-moradia do município, que disponibiliza uma quantia financeira mensal às famílias de baixa renda, para custeio da locação de um imóvel até que a situação seja resolvida.

Na edição de terça-feira (7) do Bom Dia Trabalhador, da Rádio Viva, o presidente da Associação dos Moradores (Amob) Mariani, Diego Gois, reivindicou auxílio da Secretaria Municipal da Habitação (SMH) para assentamento das famílias. Em mensagem de áudio enviada ao apresentador Sinval Paim, o líder comunitário afirmou que alguns moradores podem perder o benefício caso venham a conseguir um emprego.

“Como uma moradora disse. O marido dela trabalha, mas se ela ir ‘assinar a carteira’ ela perde o auxílio que ganha”, relatou.

Ainda durante o programa da Rádio Viva, outra residente do Mariani, que foi vítima do sinistro, protestou contra a demora da SMH na resolução do problema.

“A Prefeitura tem que ter uma resposta pra gente. Está ficando muito difícil. A gente só está querendo o nosso cantinho”, desabafou.

Resposta da Secretaria da Habitação

A reportagem do Leouve entrou em contato com a Secretaria da Habitação para saber o andamento do caso. A pasta esclareceu que as famílias estão assistidas pelo Auxílio-moradia normalmente. Quanto a suposta perda do benefício, o município explicou que, para ser contemplada, a família deve ter renda menor ou igual a três salários-mínimos nacionais (R$ 1.302,00), ou de até meio salário-mínimo por pessoa.

Ainda de acordo com a SMH, a Prefeitura está trabalhando para “identificar, avaliar e apresentar alternativas de áreas mais adequadas para acomodação dos núcleos familiares. Inclusive, condicionando o processo à aceitação de todas as partes envolvidas. Duas primeiras possibilidades de assentamento oferecidas, sendo uma delas na área atualmente ocupada pela horta comunitária da região, encontraram oposição de lideranças locais. Assim, o poder público segue na busca por outras opções de alocação. O Município está dialogando com as Amobs da região, a fim de encontrar a solução mais ágil possível para a situação”. Não foi dada uma previsão para conclusão do caso.