Bento Gonçalves

Familiares de pessoas com autismo criam associação em Bento Gonçalves

O projeto Voz Azul será formalizado oficialmente nesta terça-feira (11), a partir das 19 horas, na Fundação Casa das Artes

Familiares de pessoas com autismo criam associação em Bento Gonçalves
Foto: Redes Sociais/Voz Azul

Em Bento Gonçalves, o projeto Voz Azul oficializará a criação de sua associação nesta terça-feira (11). O evento, aberto à comunidade, acontecerá na Fundação Casa das Artes, a partir das 19 horas. A entidade visa promover a inclusão e dar visibilidade às pessoas autistas na cidade, especialmente àquelas que enfrentam dificuldades em obter assistência de instituições de saúde e centros sociais.

Criada por mães de crianças autistas em 2022, a iniciativa atende atualmente 193 famílias que buscam apoio de políticas públicas para sustentar o projeto.

“Começamos como um grupo de WhatsApp de famílias com crianças e jovens autistas. Com o tempo, diante das dificuldades e da falta de informações e acessos a terapias e escolas, o grupo cresceu”, explica Silvana Alves, de 36 anos, mãe de um autista e futura presidente da associação.

Silvana ressalta a importância da formalização da associação: “Precisamos nos estruturar como associação porque, como grupo, não conseguimos o reconhecimento necessário. Com a Assembleia, pretendemos formalizar a entidade, ganhar mais força e estruturar melhor nossa ajuda às famílias”.

Para o futuro, a presidente do Voz Azul destaca os principais objetivos: “Queremos oferecer suporte psicológico às famílias, reduzir o preconceito nas escolas através da informação, e aumentar o acesso às terapias. Uma das nossas maiores demandas é a falta de terapias adequadas e a inclusão escolar, que esbarra na falta de monitores capacitados. Nosso objetivo é ter uma sede própria com profissionais qualificados para melhor atender as famílias”.

Sobre o Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta a comunicação, interação social e comportamento. As crianças com TEA podem apresentar diferentes graus de comprometimento, desde casos leves até severos, que exigem mais cuidados e atenção especializada.