Emprego e Carreira

Falta de mão de obra qualificada é um dos fatores que afeta geração de empregos no RS

Foto: (Marcelo Casall Jr/Divulgação)
Foto: (Marcelo Casall Jr/Divulgação)

O Secretário de trabalho, emprego e renda do Rio Grande do Sul, Ronaldo Nogueira esteve nesta segunda-feira (6) na reunião-almoço da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul e na oportunidade falou sobre a geração de empregos no Estado.

Conforme o secretário, o RS tem um saldo de mais de 140 mil postos de trabalho até o mês de outubro. Além disso, o Estado está entre os quatro da federação no acumulado do ano com melhores resultados.

“O setor produtivo do Rio Grande do Sul é muito forte, a nossa indústria, nosso comércio, nosso setor de serviço, os mais diversos setores têm sido perseverantes nesse sentido tem mantido a geração de empregos”, conta.

Contudo, as demandas existentes por muitas vezes não são atendidas pela ausência de profissionais capacitados para as áreas. No ano passado, o Governo lançou um programa chamado RS TER, que visa o treinamento de pessoas para a gestão de negócios e a geração de trabalho, emprego e renda por meio do fomento ao empreendedorismo, a criação e/ou sustentabilidade de negócios embrionários, micro e pequenas empresas.

“Muitas das ofertas de emprego não encontram mão de obra adequada. O programa RS TER tem três ações fundamentais: qualificação profissional para melhorar a mão de obra ofertada por setor, capacitação em gestão para melhorar a capacidade de gestão para os micro e pequenos empresários, microempresários; e orientação para o acesso ao crédito e ao microcrédito.”, explica Nogueira.

Os micro e pequenos empresários compõem 37% do PIB e 70% dos empregos formais são asseguradas por micro e pequenas empresas. Atualmente os três setores que vem mantendo os empregos no Estado, são: Indústria, Serviços e Comércio.

Alguns fatores influenciam na geração de empregos. Segundo o secretário é necessário segurança jurídica, estabilidade política, estabilidade social e estabilidade da moeda. Bases essas que foram impactadas pela crise pela qual estamos passando “A pandemia trouxe alguns efeitos negativos que freou o desenvolvimento econômico, mas estamos indo para o final da pandemia”, comenta.

Conforme o gestor, no próximo ano as expectativas é que mais vagas de emprego sejam geradas, “Nós pensamos que as restrições elas sejam menos agressivas e o setor produtivo, ele possa ter melhor de fôlego, melhor liberdade para trabalhar e atuar. Eu acredito que o ano de 2022 seja melhor do que 2021”, concluiu.

Caxias do Sul

Caxias foi o primeiro município do Estado a ingressar no programa estadual RS TER. Em junho o diretor de Projetos Estratégicos da Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social, Jorge Imperatore, esteve no município para acertar os trâmites necessários para a parceria.

O Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul (UCS) divulgou a Carta do Mercado Formal de 14 municípios gaúchos, referente ao mês de outubro. Pelo levantamento, houve aumento do nível de empregos na região de abrangência da UCS, com 2,5 mil empregos criados. Caxias do Sul foi o município que mais gerou vagas formais, com criação de 920 empregos, sendo a maioria na indústria.