A Meta, empresa que gerencia o Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que vai montar um centro de operações com especialistas para monitorar as eleições no Brasil em outubro deste ano. De acordo com a companhia, o foco será no combate a eventuais ataques contra o pleito, na remoção de contas robóticas e na remoção de conteúdo com informações falsas.
O centro contará com profissionais da empresa que atuam no Brasil e na sede, nos Estados Unidos. A Meta informou que atua em conjunto com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que também receberá denúncias sobre violações de regras por parte da Justiça Eleitoral, por meio de um canal exclusivo.
A agente do Programas de Resposta Estratégica da Meta América Latina, Debs Delbart, afirmou que ainda não existe uma data para que o centro de operações comece a funcionar, mas que isso vai ocorrer perto do dia da votação. “Quando se tem maior proximidade nas eleições, montamos o centro de operações. Será um time grande de especialistas que ficam tanto nos EUA, na nossa sede, quanto uma parte aqui no Brasil, trabalhando em tempo real”, disse.
“Já existe um grupo bem grande trabalhando nas eleições de 2022 há meses. Contamos com o apoio de outros especialistas que trabalharam em outras eleições. Por exemplo, tivemos agora as eleições nas Filipinas”, disse Debs, em um comunicado à imprensa encaminhado nesta quinta-feira.
O centro de operações também foi montado nas eleições de 2018, sendo a primeira inciativa do tipo. No entanto, a parceria para com a Justiça Eleitoral para receber denúncias sobre irregularidades é uma iniciativa inédita. “Pela primeira vez, com Facebook e Intagram, teremos um canal de denúncias com o TSE. O TSE vai nos mandar conteúdos que eventualmente violam nossa políticas de qualidade. Se tiver alguma violação, vamos remover esse conteúdo”, completou.
“As nossas políticas valem para todas as pessoas. Se a gente tiver uma figura pública violando nossas regras, vamos remover. Não temos nenhuma preferência”, declarou Debs. O Facebook afirma que 75% das contas inautênticas (autônomas), que não representam pessoas reais, são derrubadas sem que ocorram denúncias.
Dario Durigan, head de políticas públicas do WhatsApp, afirmou que “75% das contas autônomas são excluídas sem a necessidade de denúncia”. A equipe de segurança, para aplicação das políticas da Meta, em todo o mundo, envolve 40 mil pessoas. Atualmente, 3,7 bilhões de pessoas utilizam as plataformas da empresa todos os meses – são 2,9 bilhões por dia, diz a empresa.
Fonte: Correio do Povo