Uma operação da Polícia Civil resultou na prisão de treze pessoas, incluindo líderes de facção criminosa em Gravataí e Porto Alegre na manhã desta quarta-feira (03/04). Durante as investigações foi constatado que o grupo, com base nas regiões leste e sul da capital, movimentavam ações criminosas e tinham ligação com facções do Rio de Janeiro.
Conforme as autoridades, após quase um ano de investigação, foi constatado que a facção de Porto Alegre mantinha vínculos com um grupo criminoso do Rio de Janeiro. Na manhã da operação, foram executados 25 mandados de busca e apreensão, 13 mandados de prisão preventiva, além do sequestro de cinco imóveis e o bloqueio de contas bancárias de 42 indivíduos. Entre os detidos, estão líderes da facção porto-alegrense.
Uma das lideranças, uma mulher de 35 anos, já havia sido detida no último dia 27 na zona sul da capital.
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O delegado Adriano Nonnenmacher declarou que o grupo movimentou aproximadamente R$ 14 milhões nos últimos meses. Além disso, como resultado das ações policiais recentes, a Justiça autorizou 126 medidas de afastamento de sigilo bancário, financeiro e fiscal. “O valor dos bens confiscados pode chegar a R$ 1,5 milhões, com a contabilização ainda pendente de ativos no sistema financeiro. Um dos imóveis está localizado no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro”, detalhou o delegado.
Além da conexão com a facção do Rio de Janeiro, a organização criminosa gaúcha estava envolvida na distribuição de drogas no interior. A partir das apreensões recentes, os investigadores descobriram evidências de negociações territoriais na capital e provas de homicídios cometidos pelo grupo.
Os criminosos já encarcerados utilizavam suas parceiras para transmitir ordens aos comparsas. Uma delas, alvo da operação de hoje, é esposa de um homem condenado por assassinar um policial militar em 2019, na zona sul de Porto Alegre.
