Agro Rural

Exportações do agro gaúcho crescem 42% no segundo trimestre de 2021

PALMEIRA DAS MISSÕES, RS, BRASIL, 18.04.13: Colheita de soja na Região Celeiro. Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
PALMEIRA DAS MISSÕES, RS, BRASIL, 18.04.13: Colheita de soja na Região Celeiro. Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul somaram US$ 4,6 bilhões no segundo trimestre de 2021, uma alta de 42% em valor na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os setores mais representativos do segmento, o desempenho no trimestre foi puxado pelo complexo soja (US$ 2,8 bilhões; +56,2%), carnes (US$ 614,3 milhões; +24,8%) e produtos florestais (US$ 342,9 milhões; +55,4%), enquanto fumo e seus produtos (US$ 241,3 milhões; -2,1%) e cereais, farinhas e preparações (US$ 102,0 milhões; -46,1%) tiveram resultado abaixo do registrado no segundo trimestre de 2020. Em termos absolutos, o incremento foi de US$ 1,4 bilhão, o que garantiu o segundo melhor trimestre em vendas do Estado desde o início da série histórica, em 1997, perdendo apenas para o terceiro trimestre de 2013.

No acumulado dos seis primeiros meses de 2021, a alta nas exportações gaúchas do agronegócio foi de 30,5% em valor na comparação com o primeiro semestre de 2020, atingindo US$ 6,6 bilhões. Sem considerar a inflação do período, o valor é o maior desde 1997 e representa um aumento de US$ 1,5 bilhão no comércio.

As informações sobre as vendas do período e do acumulado do primeiro semestre de 2021 fazem parte do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado na manhã desta quarta-feira (11/8) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e elaborado pelos analistas Rodrigo Feix e Sérgio Leusin Júnior.

Setores e principais destinos

Segmento mais representativo da pauta de exportações gaúcha, o complexo soja viu no aumento das vendas da soja em grão (mais US$ 788,7 milhões, +52%) o principal destaque do segundo trimestre, seguido das altas nas vendas do farelo de soja (mais US$ 145,7 milhões; +65,8%) e do óleo de soja (mais US$ 71,8 milhões; +138,8%).

No setor de carnes, a expansão nas vendas externas das carnes de frango (mais US$ 90,6 milhões; +42%) e suína (mais US$ 45,1 milhões; +26,7%) puxaram os resultados, já que a carne bovina teve queda de US$ 13,8 milhões (-17,3%) na sua comercialização.

No setor de produtos florestais, as exportações de celulose (mais US$ 63 milhões; +41,9%) e de madeiras em bruto e manufaturas de madeira (mais US$ 56,4 milhões; +87,3%) sustentaram a elevação. Para o segmento de cereais, farinhas e preparações, o resultado negativo do segundo trimestre de 2021 veio puxado pela baixa nas vendas do arroz (menos US$ 99,45 milhões; -55%).

Entre os principais destinos dos produtos do agronegócio do Rio Grande do Sul no trimestre, a China foi responsável por 58,7% dos valores, com uma alta de US$ 903,1 milhões em compras (+50,6%). O destaque na pauta do país asiático foi a soja em grão (mais US$ 750,1 milhões; +51,1%), enquanto o óleo de soja (mais US$ 44,1 milhões; +165,8%), celulose (mais US$ 36,3 milhões; +84,8%) e a carne suína (mais US$ 35,2 milhões; +26,2%) também contribuíram no resultado final. Além da China, União Europeia (8,5% do total), Coreia do Sul (3,6%), Estados Unidos (3,3%) e Irã (2,3%) completam o ranking dos cinco primeiros colocados em compras do Estado.

Primeiro semestre de 2021

No acumulado dos seis primeiros meses de 2021, o complexo soja (US$ 3,1 bilhões), carnes (US$ 1,1 bilhão) e fumo e seus produtos (US$ 600,3 milhões) tiveram as maiores participações nas vendas externas. Em termos de crescimento, as exportações de soja (mais US$ 952,9 milhões; +44,2%), carnes (mais US$ 181,5 milhões; +19,2%) e produtos florestais (mais US$ 145,5 milhões; +33,2%) foram as que mais avançaram no período, marcado pela recuperação da estiagem registrada no primeiro semestre do ano passado.