O Exército brasileiro se encontra no centro de uma polêmica após a revelação de que mais de R$ 20 milhões são destinados anualmente ao pagamento de pensões para familiares de militares expulsos, conhecidos como “mortos fictícios”.
Esta é a primeira vez que os dados sobre essa peculiar categoria de beneficiários vêm a público, graças a esforços conjuntos de transparência e a legislação de acesso à informação.
A questão dos “mortos fictícios” não apenas levanta debates sobre a justiça nas políticas de pensão, mas também sobre o peso dessas despesas no orçamento militar.
Esta categoria inclui tanto oficiais quanto praças, totalizando 238 militares, cujas infrações resultaram em penas de reclusão superiores a dois anos.
No total, o Exército reportou gastos de R$ 25,7 milhões somente com pensões em 2023, um número que reforça a necessidade de um debate aprofundado sobre a eficiência e a ética na gestão dos recursos destinados às forças armadas.
Entre os casos mais notórios está o do coronel Ricardo Couto Luiz, preso por tráfico de drogas, cuja filha hoje recebe mensalmente R$ 13,4 mil.
Outro exemplo é o coronel Paulo Roberto Pinheiro, envolvido em fraudes em contratos, com uma pensão familiar que chega a quase R$ 23 mil por mês.
Fonte: O Antagonista