"Excelente filha, estudante, com todo futuro pela frente", diz familiar de caxiense morta em queda de sacada no RJ

Após uma semana internada em coma induzido, morreu na manhã deste domingo (17) a caxiense Virgínia Marchioro Gazzola, 29 anos, no Rio de Janeiro. No dia 9, a jovem caiu da sacada de um prédio depois de parte do parapeito ceder, na Lapa. Além do trauma provocado por uma queda de seis metros de altura, ela foi acometida por uma infecção bacteriana.

Um familiar da vítima, que prefere não se identificar, lamentou a fatalidade que tirou a vida de Virgínia, que era comprometida com os estudos e trabalho. Ela havia se mudado para o Rio ainda neste ano após passar em um concurso da Petrobrás. Antes, a caxiense trabalhava como perita criminal da Polícia Civil de Minas Gerais.

“Uma excelente filha, estudante, muito inteligente, tanto que exerceu um cargo na Petrobras como geóloga, com todo o futuro pela frente, a aposta dos pais”, definiu.

Em vistoria realizada na segunda-feira (11), dois dias após o incidente, o Corpo de Bombeiros interditou o estabelecimento, denominado Armazém do Campo, por 90 dias. O comércio fica na Avenida Mem de Sá, 135 e, ainda neste ano, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do município. O espaço é administrado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e tem como foco a comercialização de produtos.

De acordo com relatos de testemunhas em redes sociais, o local recebia um grupo de samba e o espaço estava superlotado. Registros dos bombeiros apontam que o imóvel estava em situação irregular e não possuía autorização para promover eventos de reunião de público.

“É a imprudência dos seres humanos. Porque o ambiente está lotado, liberam outras áreas que estavam interditadas, e a menina vem e se encosta no guarda-corpo de uma sacada. Ela vem a óbito devido a liberação de um espaço [irregular]. É muito triste, não tem mais o que falar”, disse o familiar de Virgínia.