Política

Ex-prefeito de André da Rocha responderá por improbidade em fraude de concurso

Gaeco encontrou provas da fraude no concurso público de André da Rocha (Foto: arquivo)
Gaeco encontrou provas da fraude no concurso público de André da Rocha (Foto: arquivo)
Ex-prefeito Idair Bedin é apontado como mandante da fraude (Foto: arquivo)

Até o final de maio, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) deve abrir um inquérito de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de André da Rocha, Idair Bedin, apontado como mandante de uma negociação envolvendo uma empresa que organiza concursos.

Na semana anterior, o MP denunciou oito suspeitos de envolvimento na venda de vagas para ingressar no serviço público da cidade através de um concursos suspeito realizado em 2014.

Além do ex-prefeito, os denunciados são Maicon Cristiano de Mello, sócio-administrador da empresa Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos (IDRH), Ernesto Hattge Filho, que atuou na fraude com a empresa e cinco funcionários aprovados pelo concurso.

O MP investiga que Bedin teria pago R$ 5 mil à empresa IDRH, responsável pelo concurso, pela aprovação de cinco candidatos, em um esquema de manipulação de resultados por meio da troca de cartões também investigado em outras cidades, como Bento Gonçalves.

Gaeco encontrou provas da fraude no concurso público de André da Rocha (Foto: arquivo)

O ex-prefeito nega as acusações, mas o promotor Mauro Rockenbach, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela Operação Cobertura, afirma que há provas suficientes para comprovar que houve fraude no concurso.

Ele solicitou que a Justiça de Nova Prata determine a suspensão do exercício de função pública dos aprovados no concurso se houver receio de sua utilização para a prática de infrações penais, a suspensão ou proibição de participar em licitações e o impedimento de contratar com a Administração Pública.

O grupo é denunciado por associação criminosa, já que o MP detectou a organização dos oito de forma a fraudar o concurso.

Em 2016, Bedin foi condenado por compra de voto na eleição em que buscava um segundo mandato consecutivo. Na decisão de primeira instância, ele teve os direitos políticos cassados por oito anos, foi condenado a pagar multa e teve a chapa cassada. Bedin era candidato à reeleição pelo PMDB, quando foi filmado entregando R$ 500 a uma eleitora.