
O FDA (Food and Drug Administration) autorizou o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech. O avanço representa um importante marco no combate ao vírus que já matou mais de 300.000 pessoas nos Estados Unidos e infectou outras dezenas de milhões pelo mundo. Profissionais de saúde já devem receber as primeiras doses nos próximos dias.
“A autorização emergencial da vacina promete alterar o curso da pandemia nos EUA”, dia Peter Marks, diretor do Centro de Pesquisa e Avaliações Biológicas da agência, equivalente à ANVISA no Brasil.
O uso da vacina está autorizado no país para pessoas acima de 16 anos. Estudos apontam eficácia de 95% na prevenção de Covid-19 sintomático. O percentual é tido como extraordinário pelos especialistas, que esperavam ver aprovada com urgência uma vacina com cerca de 50% de eficácia.
A vacina protegerá especialmente contra as formas mais severas da doença e também é mais efetiva para pessoas acima de 65 anos, que são particularmente mais vulneráveis ao vírus. Cientistas continuarão monitorando a vacina após o despacho das doses para ver a real eficácia quando aplicada fora do laboratório.
Com a autorização (seguida por Reino Unido, Canadá e Bahrein), o laboratório passa a deter o recorde de produção mais rápida de vacina, tendo recebido o aval dos órgãos competentes menos de um ano após o início da pesquisa. O recorde anterior pertencia à vacina da Caxumba, cujo período de pesquisa, desenvolvimento, testes e liberação levou cerca de 4 anos.