Eu escolhi ser feliz. Confesso que não faz muito tempo que eu tomei essa decisão. Antigamente, permitia que acontecimentos externos me impedissem de viver de forma plena. Ora eram os quilos a mais, outra vezes um cliente que eu perdia, às vezes o olhar desaprovador de alguém.
Hoje ainda tenho momentos de tristeza, mas aprendi a diminuir a intensidade e o tempo em que permanecem no meu peito. Quem já passou por crises de ansiedade por conta de uma infelicidade sabe do que eu estou falando. A depressão pode ser um problema da psique, mas é no coração que ela pulsa e a garganta que sufoca.
Um certo dia eu simplesmente escolhi ser feliz. Que, na verdade, deveria ser o principal propósito de estar vivo. Já foi-se o tempo do penso, logo existo. Também do consumo ou do posto, logo existo. Precisamos aprender a viver a era do sou feliz, logo existo.
Não vá achando que eu procrastino os problemas. Só consegui alcançar o Jardim do Éden depois que eu encarei todos de perto: minhas falhas, dificuldades e medos. Fiquei cara a cara com tudo o que me causava dor. Na verdade, isso é um esforço diário, mas que hoje não me causam mais sofrimento, me ajudam a ser simplesmente feliz.
A maternidade me ajudou nesse caminho. Porque o que mais queremos aos filhos é que sejam felizes, não é? Queria dar o exemplo a elas. Mostrar que ser feliz é uma escolha, que é possível e que, acima de tudo, é o normal. Sim, porque o normal é ser feliz.