A assinatura do contrato para a construção do novo presídio estadual de Bento Gonçalves, realizada nesta segunda-feira, dia 9, põe fim a um impasse que dura mais de uma década na cidade serrana: a inauguração da nova casa prisional está prevista para o final de 2018, e no início de 2019 a desativação da atual penitenciária, encravada no centro da cidade, estará concluída.
Este é o cronograma anunciado pelo governador José Ivo Sartori e confirmado pelo secretário de Segurança do Estado, César Schirmer, e pelo diretor da Verdi Sistemas Construtivos, Henrique Adelino Deboni. A assinatura do contrato foi possível depois que o Estado definiu a forma de contratação da empresa, com inexigibilidade de licitação e a forma de pagamento dos R$ 30,8 milhões projetados como investimento para a obra, que será feita em parte através da permuta da área que hoje abriga a superintendência regional do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), avaliada em R$ 19,5 milhões, e parte com recursos do Estado. O valor é cerca de R$ 8 milhões abaixo da avaliação do governo, mas ainda é considerado elevado pela construtora, que, mesmo assim, optou por assumir a obra e tentar compensar a diferença na utilização do terreno do Daer.
A escolha da Verdi se deve a tecnologia exclusiva da empresa na construção de um sistema modular. De acordo com Deboni, os módulos já estão sendo construídos, e toda a obra deverá ser entregue em 270 dias. Desde os anos 2000, a empresa se dedica a construção de penitenciárias e tem mais de 90 unidades concluídas em diversos estados brasileiros.
“A ordem de serviço deve sair amanhã, e queremos ver se em 48 horas já estaremos em Bento Gonçalves. Nossa previsão de término é para o fim de dezembro. Temos dois meses em que vamos enfrentar uma terraplanagem onerosa, e enquanto isso a fábrica está produzindo o presídio”, afirmou.
O novo presídio terá 450 vagas para o regime fechado e os módulos saem prontos e pintados da fábrica de acordo com as especificações da Susepe e depois serão transportados e montados no local, no final da rua Avelino Signor, no bairro Barracão.
A Verdi deve contratar empresas da região serrana para a terraplanagem e a montagem da penitenciária que, segundo Deboni, é construída 50% na fábrica e 50% no local. Ele garantiu que a obra deve gerar mais de 200 empregos diretos.