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"Essa Copa representa novos tempos para o futebol feminino", afirma Marta antes de seu último mundial

Em entrevista à CBF TV, Rainha do futebol abriu o coração e afirmou o sonho pela inédita conquista com o Brasil

Marta vai para sua sexta Copa do Mundo
Marta vai para sua sexta Copa do Mundo (Foto: Thais Magalhães/CBF/Divulgação)

Maior nome da história do futebol feminino. Seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo. Multicampeã. Maior artilheira da história das Copas entre homens e mulheres. Aos 37 anos, a rainha Marta segue com gás para novos feitos. Caminhando para sua sexta e última Copa do Mundo, a lenda da Seleção Brasileira tem uma missão diferente do mundial deste ano, disputado na Austrália e Nova Zelândia.

Se os problemas físicos impedem de ter uma sequência como titular com a camisa 10 canarinho, o espírito de liderança segue com a atacante. Em entrevista ao projeto #AcordaPraElas da CBF TV, a rainha do futebol abriu o coração, contou sua trajetória e trouxe esperança pela inédita conquista da Copa do Mundo.

“A Marta jogadora é aquela atleta que se dedica muito, que procura estar sempre se colocando em uma situação de desafio. Com esse pensamento eu também tento levar as minhas companheiras junto”, iniciou.

Preconceito, lutas diárias e o desafio de ficar longe da família fizeram parte de toda a carreira de Marta. Para a camisa 10, que está na Seleção Brasileira desde 2002, o companheirismo é fundamental para o desenvolvimento do time. Ao lado da técnica Pia Sundhage, é quem tem mais experiência em torneios internacionais. E, ela vê muitas mudanças da sua primeira vez com a camisa amarela para agora no último mundial.

“Eu cheguei muito nova, eu não tinha essa abertura toda. Eu não sentia que tinha essa liberdade de falar o que estava sentindo, de expressar as minhas opiniões. Hoje eu tento fazer de uma maneira diferente, para as meninas que estão chegando na seleção e que precisam desse aconchego, de estar com prazer, e não simplesmente porque é importante para que o mundo te veja”.

Rainha do Futebol na chegada da Seleção Brasileira a Brisbane (Foto: Thais Magalhães/CBF/Divulgação)
Marta com prêmios de melhor do mundo (Foto: Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação)
Marta ao lado de Ary Borges e Kerolin (Foto: Thais Magalhães/CBF/Divulgação)
Camisa 10 durante chegada da Seleção Brasileira a Brisbane (Foto: Thais Magalhães/CBF/Divulgação)

 

Mesmo com inúmeras taças no armário e diversos prêmios individuais, a Rainha do Futebol ainda carrega a mesma humildade da menina que deixou a cidade de Dois Riachos, no interior de Alagoas.

“Muito mais importante do que um conquista profissional, é mudar o cenário daquilo que tu mais gosta de fazer, que no meu caso é jogar futebol. Poder contribuir para a mudança, de um modo geral, para que possa abraçar um todo, eu acho que vale mais do que qualquer título”.

Marta aproveitou para falar sobre a representatividade do mundial de 2023. A Copa deste ano é uma das com maior divulgação por parte da mídia internacional, além de ter a maior premiação da história da competição. A seleção campeã receberá cerca de 15 milhões de dólares, quase quatro vezes maior do que o entregue em 2019, que foi de 4 milhões de dólares.

“Essa Copa representa novos tempos para o futebol feminino. Representa muito para mim, porque eu já tive em outras Copas do Mundo e essa, como eu já falei, é a minha última como atleta. Então, eu quero aproveitar o máximo possível e mostrar para essas meninas que é importante a gente viver o momento, aproveitar a oportunidade”.

Por mim, Marta disse que o atual grupo da Seleção Brasileira é um dos melhores que já trabalhou, tendo uma mescla entre jovens atletas e veteranas. O Brasil no Grupo F e estreia no dia 24 contra o Panamá. Depois, no dia 29, enfrenta a poderosa França e finaliza a fase inicial contra a Jamaica em 2 de agosto. A Seleção Feminina busca a sua primeira conquista da Copa do Mundo.