O Portal Leouve começa, nesta quinta-feira (15), uma série especial com quatro reportagens que marcam o aniversário de 30 anos do programa Alegria de Minha Terra na Rádio Viva. Atualmente, a atração musical e informativa está no ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 16h na emissora do Grupo RSCOM.
O início das publicações se dá justamente no dia que é celebrado os 30 anos de Paulinho das Quebradas e do Alegria na Viva.
Há cerca de três décadas o programa conta com a apresentação de Paulo Anselmo Felicetti, popularmente conhecido como Paulinho das Quebradas. A série de reportagens é uma das formas de homenagear o apresentador Paulinho das Quebradas, uma das pessoas fundamentais na formação do que hoje é a Rádio Viva. Ainda assim, a partir de janeiro de 2023, a pedido do próprio apresentador, a atração será das 13h às 14h. Ordem acatada pela direção como agradecimento a sua contribuição ao Grupo RSCOM.
A série de reportagens, produzida pelos jornalistas Cristiano Lemos e Marcos Cardoso, é dividida em:
- Criação do “Alegria de Minha Terra”
- Quem é Paulinho das Quebradas
- Os “causos” do “Alegria…”
- O futuro do “Alegria…”
Dessa forma, hoje é dia de falar sobre o surgimento do “Alegria de Minha Terra”, criado em 1962.
CRIAÇÃO DO “ALEGRIA DE MINHA TERRA”
A data é incerta, mas foi entre os meses de novembro e dezembro de 1962 que o Trio Flor da Serra levou pela primeira vez o “Alegria de Minha Terra” às ondas sonoras da Rádio Miriam AM. Desde então, o programa já carregava aquilo que moldaria as décadas seguintes: a música sertaneja raiz.
Dezenas de apresentadores passaram pelo programa, com destaque para Ely Adriani e Ricardo Ló. Entretanto, foi em 1983, que um certo Paulo Anselmo Felicetti, popularmente conhecido como Paulinho das Quebradas, foi convidado para assumir o comando. Tornando-se, anos depois, uma das vozes mais lembradas do rádio gaúcho.
Paulinho atribui o convite ao seu conhecimento da música sertaneja, muito pela conexão que tem com o rádio desde a infância.
“Foi por causa da minha infância, quando eu era pequeno, no interior de Farroupilha-RS, em Caruara, hoje Nova Sardenha, eu sempre escutava as rádios de São Paulo, a Tupy, a Record, com o Zé Béttio, um dos grandes comunicadores do rádio. Eu sempre ouvia essa rádios sertanejas, então um dia se apresentavam Pedro Bento e Zé da Estrada, Moreno e Moreninho, e por ai eu fui criando amor pela música sertaneja raiz. Foi uma infinidade de duplas que eu curtia e eu acabei virando um, como se diz hoje, expert em música sertaneja”, comenta o radialista.
O programa permaneceu na Rádio Miriam até 1992, quando o apresentador recebeu o convite de Fernando Merlin Rachelle, um dos fundadores da Rádio Viva FM, para ter um horário na programação. Assim, o “Alegria de Minha Terra” migrou para o FM. Como ele mesmo brinca, a ideia não era ficar tantos anos na Viva.
“A minha intenção, quando cheguei na Rádio Viva, quando o Fernando me chamou, não era ficar tanto tempo. Eu pensava em ficar aqui alguns meses, um ano talvez e voltar para a Rádio Miriam. Mas aí, pelas coisas do destino, eu fui ficando, fui ficando.. e estou aqui até hoje”, brincou o comunicador.
Segundo o comunicador, ao longo dos anos, o programa soube se adaptar as novas tecnologias, passando da antiga “cartucheira” ao sistema informatizado de rodas músicas, das cartas e telefonemas aos aplicativos de mensagens.
O “Alegria de Minha Terra” passou até mesmo por uma pandemia mundial, sem perder a essência da música sertaneja raiz, da informação, da prestação de serviço e atingindo a todas as faixas etárias e classes sociais. Os 30 anos do programa na Rádio Viva representam um marco no rádio da Serra Gaúcha, do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Na próxima reportagem, você confere um pouco da história de Paulinho das Quebradas, locutor Top Of Mind, e a voz do “Alegria de Minha Terra”.