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Equador decreta estado de exceção após fuga de líder criminoso

Anúncio foi feito pelo presidente equatoriano, Daniel Noboa, nas redes sociais

Equador decreta estado de exceção após fuga de líder criminoso
Foto: Handout / Presidencia Ecuador / AFP / CP

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou, nesta segunda-feira, que decretou estado de exceção em todo o país, incluindo no sistema penitenciário, após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa de um presídio em Guayaquil (sudoeste).

“Acabo de assinar o decreto de estado de exceção para que as Forças Armadas tenham todo o apoio político e legal em seu agir” nas ruas e centros de reclusão, disse o mandatário em sua conta no Instagram. Nesta segunda-feira, o Ministério Público informou através da rede social X, que apresentou acusações contra dois funcionários de presídio “que estariam envolvidos na fuga” do chefe criminoso Adolfo Macías, conhecido como Fito.

A medida decidida por 60 dias faculta a Noboa, que assumiu a Presidência em novembro por um ano e meio ao ser eleito em uma votação antecipada, a mobilizar os militares às ruas e sua entrada nos presídios, em alusão a uma “grave comoção interna” na nação, assim como a suspender os direitos civis.

Ele também ordenou um toque de recolher de seis horas entre as 23h e as 05h locais (de 01h às 07h em Brasília). Fito é considerado líder de Los Choneros, quadrilha mais temida do Equador, que disputa de forma violenta as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos com ligações com cartéis do México e da Colômbia. O homem desapareceu no domingo de um presídio de Guayaquil, onde cumpria sentenças por 34 anos.

O secretário de Comunicações do governo, Roberto Izurieta, afirmou na segunda-feira ao canal Teleamazonas que ‘o mais provável’ é que houve ‘vazamentos’ na prisão sobre uma operação iminente de segurança e que Fito fugiu ‘horas antes’.Noboa acrescentou que seu governo ‘empreendeu ações’ que ‘permitam recuperar o controle’ das prisões, transformadas em centros de operação de organizações do narcotráfico.