Caxias do Sul

Envolvido em execuções e confronto com a BM é condenado a 36 anos de prisão

Envolvido em execuções e confronto com a BM é condenado a 36 anos de prisão

Um dos sobreviventes de uma das noites mais violentas da história de Caxias do Sul foi condenado a 36 anos e sete meses de prisão nesta sexta-feira, dia 15. Anderson Lima de Miranda, conhecido como “Mirandinha”, vai cumprir pena por dois homicídios, duas tentativas de assassinato, receptação de veículo roubado e porte e transporte de armas de fogo de uso permitido e restrito. Atuou no plenário a promotora de Justiça Sílvia Regina Becker Pinto.

Os crimes ocorreram na noite de 16 de outubro de 2016, na Rua Antonio Benevenuto Marchi, no bairro Planalto, em Caxias do Sul. Na ocasião, Anderson, juntamente com outros quatro homens, matou a tiros Jonas Almeida de Mello e Lílian Cassini. Os crimes, segundo apontaram as investigações, ocorreram por disputa de território e espaço no tráfico entre grupos rivais.

 

No mesmo dia, no Bairro Ipiranga, depois de matar Jonas e Lílian, Anderson e seus comparsas foram perseguidos por policiais militares e, ao perceberem, abandonaram o veículo em que estavam para tentar matar David Martins da Rosa e Maicon Luis Segala. Houve confronto entre a Brigada Militar e os criminosos e quatro deles acabaram morrendo. Eles foram identificados como Eduardo de Jesus, 19 anos, Eduardo Mascarello, 23, Rodrigo Pavan, 34 anos, e Robson de Souza Nunes, 30 anos, todos com antecedes criminais. Nenhum policial ficou ferido na ação.

Anderson também foi condenado pela receptação de um veículo ocorrida em 2016, que sabia tratar-se de produto de crime. Ainda, em 2012, o condenado, juntamente de seus comparsas falecidos, portou e transportou uma pistola que sabia ser também provida de crime. No mesmo dia dos assassinatos e tentativas, Anderson portava e transportava essas armas de fogo, tanto de uso restrito quanto permitido.

Os crimes foram triplamente qualificados – por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Anderson é reincidente e está atualmente recolhido ao Sistema Prisional.