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Entidades gaúchas cobram reavaliação dos protocolos de funcionamento das atividades econômicas

Entidades gaúchas cobram reavaliação dos protocolos de funcionamento das atividades econômicas

O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, se reuniu com o governador Eduardo Leite na tarde desta quinta-feira (2) para entregar um ofício assinado pela entidade e também pelos presidentes da Fiergs, Gilberto Petry, e da Federasul, Simone Leite. O documento solicita uma reavaliação dos protocolos de funcionamento das atividades econômicas do Plano de Distanciamento Controlado, em vigor no Rio Grande do Sul desde maio. Desde o início da pandemia, a Fecomércio-RS briga pela abertura do comércio, mesmo que parcialmente, em qualquer bandeira de classificação determinada pelo Governo do Estado.

Durante o encontro, as três entidades apresentaram ao governador as dificuldades dos empresários dos setores que representam. Os dirigentes reforçaram que, em função desses protocolos, muitas empresas estão encerrando suas operações por causa dos custos econômicos elevados que eles implicam. Leite entendeu as demandas de ambos os setores e se disse solidarizado com as dificuldades econômicas que as empresas vêm enfrentando nesse momento de pandemia. Segundo ele, o RS entrou em um período de linearidade da transmissão da doença e que, nos próximos 15 dias, a evolução da doença será ainda analisada antes dos próximos passos serem dados.

Sobre o documento entregue

O documento entregue ao governador traz um número alarmante: no Rio Grande do Sul, entre março e maio, mais 120 mil postos de trabalho foram destruídos, mesmo com os mecanismos que permitem a suspensão ou flexibilização de contratos. Segundo o presidente da Fecomércio-RS, esse número ainda deve crescer, pois a pandemia nos aproxima de um esgotamento das alternativas de flexibilização propostas pelo Governo Federal, além do grande volume de trabalhadores autônomos e informais que ficaram sem renda. “As medidas de distanciamento propostas pelo Governo do Estado são uma ameaça direta a milhares de vidas e famílias gaúchas, além de projetarem uma crise econômica sem precedentes a ser vivenciada em nosso estado”, afirma Bohn.

O texto ainda defende que o objetivo do plano imposto pelo governo, que é a preservação de vidas, não impede que se considere medidas ponderadas. “Apoiamos a concepção de calibrar protocolos conforme o risco específico de esgotamento da capacidade hospitalar de cada região do estado. As empresas gaúchas vêm aplicando protocolos de segurança rigorosos tanto aqueles obrigatórios pelo Plano quanto outros adicionais, como a utilização de EPIs, o distanciamento interpessoal, o controle de fluxo de pessoas, os limites de capacidade e a higienização constante, que minimizam muito a circulação do vírus causador da pandemia em seus ambientes”, explica o documento.

Outra questão trazida na carta é que não existem evidências de que o aumento recente de internações por Covid-19 estejam ligadas a circulação de pessoas em estabelecimentos empresariais.