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Entidades empresariais de Garibaldi se manifestam após manutenção de protocolos da bandeira vermelha

O governador do RS manteve a Serra Gaúcha com restrições no comércio e serviços considerados não essenciais.

Entidades empresariais de Garibaldi se manifestam após manutenção de protocolos da bandeira vermelha

Na tarde desta terça-feira (16), em transmissão pela internet, o governador do Estado Eduardo Leite, reafirmou a posição estadual e manteve a Serra Gaúcha com bandeira vermelha. Ou seja, comércio e serviços considerados pelo Estado como não essenciais, devem permanecer fechados, em um primeiro momento, até o dia 28 de junho, possivelmente reabrindo no dia 29, se os dados em relação às internações melhorarem na Serra Gaúcha.

Após o anúncio, as entidades empresariais de Garibaldi se manifestaram a respeito da atual situação. A Associação de Pequenas e Médias Empresas (APEME) emitiu nota. Confira na íntegra:

“A APEME – Associação de Pequenas e Médias Empresas de Garibaldi, juntamente com as entidades empresariais de Garibaldi e da região, prefeitos e lideranças, estava na expectativa da mudança da bandeira pelo governador nesta terça-feira. No entanto, ele apresentou os dados elaborados por sua equipe e os motivos pelos quais a Serra Gaúcha permanecerá enquadrada como Bandeira Vermelha. Muito nos entristece, por representarmos 933 pequenos negócios, dos quais muitos não podem abrir suas portas com esta classificação. Seguiremos atentos e em contato com a municipalidade e região, buscando reverter a situação nos próximos dias. Ao menos, contamos com a palavra do governador de que a região poderá retornar à Bandeira Laranja antes dos quinze dias previstos inicialmente, caso melhorem os índices.
Orientamos nossos associados a verificarem os protocolos a serem cumpridos em cada setor. A APEME permanece ao lado dos empreendedores, prestando apoio, suporte informacional e seguindo com o objetivo da representatividade.

Rosângela da Costa – Presidente APEME”

A Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) e a Câmara de Indústria e Comércio (CIC) também emitiram nota a respeito da situação. Confira na íntegra:

“A Câmara de Indústria e Comércio e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Garibaldi vêm a público, em nome de suas associadas, para demonstrar sua inconformidade com a maneira com que o Governo do Estado tem tratado o setor empresarial diante da pandemia do novo Coronavírus.
Os empreendimentos gaúchos estão sendo qualificados como os principais culpados pela disseminação do vírus e, mais uma vez, obrigados a fechar suas portas ou restringir suas atividades para se enquadrar em protocolos elaborados de maneira unilateral.
Quando a OMS declarou a Covid-19 como pandemia, a CIC e a CDL desenvolveram incontáveis ações para informar e orientar todas as empresas filiadas sobre quais os procedimentos mais adequados que estavam sendo sugeridos pelas autoridades sanitárias.
Tanto que, daquele instante até hoje, as empresas investiram e seguem investindo muito em proteção e segurança, adequando-se, inclusive, às mudanças de orientações que foram impostas ao longo do tempo.
Especificamente em Garibaldi, as empresas, o poder público, entidades de várias áreas e a comunidade uniram-se em uma campanha que possibilitou a construção de um espaço e a habilitação de dez leitos de UTI no Hospital Beneficente São Pedro, além de outros investimentos que garantiram uma melhora significativa para o atendimento no município, sem que houvesse a transferência de recursos do Estado para tal.
Não estamos pensando apenas nas empresas. É importante pensar nos empregos, nas questões de segurança, nas nossas comunidades que vão pagar um preço muito alto, inclusive em relação à saúde pública.
Toda a carga da culpa pelo vírus está nas empresas. Um sistema estatal criado para proteger a sociedade não pode punir quem quer trabalhar e produzir.
Respeitando a hierarquia administrativa, pedimos que o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Sr. Eduardo Leite, reconsidere a fórmula utilizada para classificar a situação de cada região, o que provoca injustiças ao trabalho e a efetiva colaboração que os setores empresariais sempre demonstraram na prática no combate ao novo Coronavírus.

Tobias Debiasi – Presidente da CIC
Carlos Adriano Morari – Presidente da CDL”

Com a classificação em bandeira vermelha, o que altera:

Alimentação
Padarias, restaurantes de prato feito e para retirada ou tele-entrega, podem trabalhar com 50% do efetivo. Serviços exclusivos de buffet, devem estar fechados.

Agropecuária
Todos setores da produção com metade do efetivo podem atuar, exceto o ramo da pesca, que deve trabalhar com 20%.

Alojamentos
Hotéis em áreas urbanas: 40% dos quartos. Os que ficam em rodovias, 75%.

Serviços
Academias devem fechar. Assim como permanecem sem funcionamento bares e casas noturnas, além de eventos, cinemas e similares.

Serviços bancários
Agências bancárias, lotéricas e correspondentes podem trabalhar apenas com metade dos colaboradores, respeitando regras de distanciamento.

Comércio
O comércio varejista de rua não essencial (lojas), ficarão fechadas por, no mínimo, 14 dias. Lojas de shoppings centers, também. Nestes local, funcionam apenas estabelecimento de alimentação com grande redução e delivery ou retirada.

Comércio essencial: farmácias e mercados, sejam atacadistas ou varejistas, podem abrir com 50% dos funcionários e com restrições e protocolos. Assim como os postos de combustíveis.