Na tarde deste domingo (4), centenas de enfermeiros, técnicos em enfermagem e pessoas ligadas à saúde estiveram na Praça Dante Alighieri, no Centro de Caxias do Sul, realizando um protesto em prol do pagamento do piso salarial. A manifestação iniciou por volta das 13h30min e durou cerca de duas horas.
Com cartazes, apitos, panelas e demais itens, os protestantes estiveram na Rua Sinumbu ao som de “Não parou, mas vai parar”, fazendo alusão ao período conturbado da pandemia de Covid-19, onde os profissionais da saúde não pararam um dia sequer, porém, por conta das instituições alegarem que não há viabilidade para este pagamento do piso, a classe ameça parar o serviço. Em Caxias do Sul, segundo os organizadores do protesto, os hospitais já informaram aos funcionários que não pagarão o acréscimo.
A remuneração mínima de enfermeiros fixada em R$ 4.750,00 sancionada por lei entrou em vigor neste mês de agosto. Até então, os pisos salariais deveriam ser aplicados imediatamente por todos os setores, sendo que técnicos de enfermagem devem receber R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras o valor de R$ 2.375,00.
Porém, outro ponto foi crucial para a manifestação deste domingo, pois o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, por meio de uma liminar, o piso nacional da enfermagem aprovado pelo Congresso Nacional. A decisão do magistrado é liminar, ou seja, provisória.
“A nossa confederação, juntamente com nosso jurídico, está trabalhando para tentar deturbar essa liminar. Estamos aguardando para que essa semana tenhamos um posicionamento, mas a categoria está mobilizada e quer que nosso piso seja aplicado”, disse a Presidente do SindiSaúde, Bernadete Giacomini.
Durante o protesto, os manifestantes também caminharam pela cidade e contaram com apoio dos motoristas nas ruas Visconde de Pelotas, Marquês do Herval, Av. Júlio de Castilhos, entre outras.
Mensagem aos enfermeiros:
“Não desanime. Estamos juntos e vamos lutar juntos. Continue fazendo o seu melhor em suas atribuições da enfermagem. A assistência não ficará desassistida em momento algum. Todos estão trabalhando em pro da categoria e da sociedade” finalizou Giacomini.