Com as galerias lotadas de servidores públicos que temem atrasos no repasse do percentual que a Prefeitura precisa destinar ao Fundo de Aposentadoria, os vereadores aprovaram por 12 votos contra 4 o projeto de lei que altera o cálculo da multa em caso de atraso.
No entender do vereador Agostinho Petrolli – ele votou contra assim como os vereadores Idasir dos Santos, Élvio De Lima, todos do PMDB e Moacir Camerini do PDT – a mudança na regra indica inequivocamente, que o Executivo pretende atrasar os repasses nos próximos meses. Ele entende que a prefeitura deve abrir as contas e mostrar como de fato estão as finanças do município.
A cada manifestação dos vereadores os servidores apupavam ou aplaudiam de acordo com o voto manifestado. O clima esquentou definitivamente quando o primeiro secretário e futuro presidente do Legislativo, Rafael Pasqualotto (PP), disse que não há intenção de atrasar contas, mas que isto pode acontecer, como já aconteceu na gestão de Roberto Lunelli. A irmã do ex-prefeito e presidente do Sindiserp, Neilene Lunelli não se conteve e passou a bater boca com o vereador.
Ao final da votação e diante de reclamações dos presentes, o presidente Scussel suspendeu a sessão por cinco minutos. Após serenados os ânimos e com galerias esvaziadas a sessão foi retomada.
Na mesma sessão foi aprovada uma permuta por área de terras com Luis Carlos Giordani e Zeli Cordeiro Giordani no Vale dos Vinhedos, capela das Almas.
Da mesma forma e com apenas dois votos contrários (Petrolli e Camerini) os vereadores aprovaram a abertura de um crédito especial de 16 milhões e 84 mil reais. Servirá de recurso para cobertura do crédito especial descrito no artigo 1° do projeto de lei, o excesso de arrecadação apurado nas fontes de recursos descritas no próprio artigo 1° do projeto de lei. A abertura do crédito especial se faz necessária para contabilização dos empenhos, ou seja, os recursos estão parcialmente disponíveis e serão destinados ao pagamento da folha e encargos de competência de novembro e dezembro.