O diretor do Sistema de Saúde Hospital Israelita Albert Einstein foi o palestrante da Reunião-Almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul nesta segunda-feira (13). Durante o evento, Eliézer Silva abordou o cenário e as inovações do mercado. Envolvido em importantes questões profissionais, a palestra ocorreu no formato online.
Inovações externas, o mercado de saúde no Brasil e tendências mundiais, assim como os players de mercado, foram alguns dos tópicos abordados por ele. O diretor também citou algumas ações realizadas pela instituição de saúde que administra cerca de 50 unidades públicas e particulares no Brasil com mais de 20 mil colaboradores.
Eliézer ainda apontou que o mercado de saúde brasileiro está se reconfigurando. Informou que a saúde suplementar está em recuperação com o aumento do número de beneficiários, mês após mês, ocorrendo desde a pandemia. Acrescentou que as projeções indicam que em dezembro haverá mais de 51,5 milhões de usuários, batendo o recorde anterior de 2014.
“Além do processo de consolidação, tem havido uma perda de fronteiras das organizações. O Einstein por exemplo deixa de ser um hospital como foi criado na década de 70, e além de ser um grande sistema de saúde, ele atua na área digital, ensino e consultoria, pesquisa e inovação. Algumas empresas que conhecíamos como medicina diagnóstica, entram no setor de prestadores de saúde, na área hospitalar ou de clinicas. Algumas até, redes hospitalares adquirem operadoras de saúde e criam suas plataformas digitais”, apontou ao avaliar os movimentos de mercado.
Ele também abordou a entrada de empresas já consolidadas também no mercado da saúde, como os casos da Amazon e Walmart, que revelam tenências mundiais e mostram que as inovações do setor de saúde estão vindo de fora.
Ainda segundo os dados apresentados por ele, entre os anos de 2010 e 2021, observou-se a abertura de 2.341 hospitais privados no país. Contudo, esse aumento foi contrabalançado pelo fechamento de um total expressivo de 2.702 unidades hospitalares privadas, resultando em um saldo anual negativo na maioria dos anos, com exceção de 2015, 2017 e 2020 a 2021.