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Em nota, CIC de Garibaldi exige investimentos e obras na BR-470

Em nota, CIC de Garibaldi exige investimentos e obras na BR-470

Recentemente a Câmara de Indústria e Comércio de Garibaldi emitiu uma nota sobre a concessão das rodovias da Serra Gaúcha à iniciativa privada. No documento, o órgão expõe sua preocupação sobre o futuro do trecho de 13 quilômetros da BR-470 que liga Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves. “Se houver pedágio, a duplicação e as obras na 470 são inegociáveis” afirma.

A questão surge em meio a todo debate gerado na concessão de 271,5 quilômetros de rodovias da Serra Gaúcha e Vale do Caí à iniciativa privada. Os altos valores que o Consórcio Integrasul apresentou têm causado repercussão entre as cidades.

Entretanto, um ponto que pouco foi abordado é em relação a BR-470. Diante dessa situação, a CIC de Garibaldi emitiu nota exigindo um posicionamento acerca do futuro da rodovia, pedindo que seja repassada à iniciativa privada, uma vez que, segundo o órgão, o governo não consegue dar conta de executar tantos projetos como aqueles apresentados pelo Consórcio Integrasul para os 30 próximos anos.

Nosso desafio agora é garantir que todos os investimentos previstos para a 470 sejam, efetivamente, confirmados. Para que isso aconteça, é fundamental que o Ministério da Infraestrutura autorize o repasse da rodovia à iniciativa privada.

Se não houver a confirmação do repasse, simplesmente a duplicação do trecho de 13 quilômetros entre Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves, assim como outras 17 obras previstas, serão excluídas do pacote, mas o pedágio continuará existindo.” Escreve a CIC em sua nota.

Confira abaixo a nota completa da Câmara de Indústria e Comércio de Garibaldi. 

Se houver pedágio, a duplicação e as obras na 470 são inegociáveis

Nunca antes estivemos tão próximos de ver as rodovias de nosso entorno receber tantos investimentos. Obras que resolveriam definitivamente gargalos de nossa infraestrutura regional.

Aliás, o tema mais debatido nos últimos dias foi o que concedeu, através de leilão, 271,5 quilômetros de estradas da Serra e Vale do Caí à iniciativa privada.

Nesse sentido, nos unimos a todos que sentiram-se frustrados com o valor final a ser cobrado nos pedágios que integram o projeto. Este, a propósito, é o único ponto discordante de toda a proposta de concessões.

Não acreditamos mais que os governos possam investir na duplicação e em obras de viadutos, trevos, vias laterais e passarelas como estão previstas no plano de investimentos.

Todos lembram na nossa luta para encontrar uma solução que acabasse com os constantes acidentes com mortes no Trevo da Telasul, que levou 17 anos para receber investimentos mínimos para uma alternativa paliativa, mas eficaz.

Nosso desafio agora é garantir que todos os investimentos previstos para a 470 sejam, efetivamente, confirmados. Para que isso aconteça, é fundamental que o Ministério da Infraestrutura autorize o repasse da rodovia à iniciativa privada.

Se não houver a confirmação do repasse, simplesmente a duplicação do trecho de 13 quilômetros entre Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves, assim como outras 17 obras previstas, serão excluídas do pacote, mas o pedágio continuará existindo.

A discussão sobre a homologação ou não do leilão está acontecendo. Caso a opção escolhida pelo Governo seja o de paralisar o processo licitatório, a história será outra e não temos certeza que o assunto volte a pauta ou qual o prazo para que isso seja retomado.

Caso seja mantido o cronograma previamente estabelecido, nosso papel é o de garantir que as obras da 470 sejam incluídas em sua plenitude, sob o risco de apagar todo o trabalho realizado no período de debates e de condenar esta rodovia ao esquecimento e decadência estrutural.

Além da duplicação em cinco anos, o trecho da rodovia que passa por Garibaldi também receberá um trevo na ligação ao Parque da Fenachamp, viadutos na Telasul e acesso Norte, ampliação do acesso principal e da interseção com a Rota do Sol, passagens inferiores no Posto do Avião e acesso Norte, vias marginais entre o Vale dos Vinhedos até o Posto do Avião e duas passarelas em pontos de maior circulação de pessoas.

De um total de 17 obras previstas, 12 serão em Garibaldi. Por isso, a CIC defende o modelo proposto e a impreterível inclusão da 470 entre as obras.

Com sua inclusão, teremos a condição de rodar entre as cidades da região em vias seguras e duplicadas, sem nenhuma praça de pedágio entre elas, já que as mesmas serão implantadas nas saídas da Serra. Finalmente, ressaltamos que nenhum debate político vale mais do que uma vida.

O próprio DNIT afirmou, em uma reunião na sede da CIC no ano passado, que o Departamento não tem previsão de investimento e nem projetos para investir na BR-470 e que a sua privatização é a única alternativa, em médio prazo, para qualquer obra de melhoria.

Alertamos mais uma vez: mesmo que a 470 não integre o projeto, os pedágios serão instalados do mesmo jeito. A diferença é que o trecho entre Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves não receberá investimentos ou manutenção.

Quanto vale uma vida? O que importa não é quem fará a obra. O que precisa ser debatido é que do jeito que está não pode mais ficar. Temos que ter garantias de que as obras serão realizadas no menor espaço de tempo.