O candidato à reeleição para o governo do Estado do Rio Grande do Sul pelo MDB, José Ivo Sartori cumpriu agenda em Caxias do Sul nesta segunda-feira (22). Depois de participar pelo debate promovido pela Agert pela manhã, Sartori veio a Caxias do Sul e palestrou durante a reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços.
Na CIC, o candidato falou por aproximadamente uma hora sobre a atual situação do Rio Grande do Sul e manteve o discurso de “pés não chão” ao projetar uma possível reeleição. Os principais pontos abordados por Sartori trataram das contas públicas e os investimentos em infraestrutura e segurança pública. Ele afirmou que, quando chegou ao poder em 2014, encontro um deficit projetado de R$ 25,5 bilhões para 2018. Após quatro anos no governo, a previsão é de um deficit na casa dos R$ 8 bilhões ao final deste ano. Para o governador, essa redução é fruto do enxugamento da máquina pública, com o corte de 30% dos cargos em comissão, horas extras, diárias, além de fusão e diminuição de secretarias.
De outro lado, Sartori destacou para o empresariado caxiense os investimentos em segurança, lembrando a contratação de 6,2 mil profissionais nos últimos quatro anos, embora mais de 2 mil só tenham sido anunciados no início do mês passado. Na infraestrutura, o destaque foi a manutenção de aproximadamente 3 mil km de rodovias, incluindo o recente recapeamento da ERS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha e da RSC-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves.
Após a palestra, Sartori concedeu entrevista coletiva e abordou diversos assuntos.
Concessão de rodovias
“Falar é fácil, fazer é um pouco diferente. Em primeiro lugar, as concessões nós temos que fazer cumprir a lei, que é o marco legal, que é a modelagem, e que esta está sendo feita por uma contratada nossa, que é a KPMG, que é uma empresa de reconhecimento internacional e está concluindo ainda a modelagem. Então não podemos antecipar ou fazer antes da hora, atropelar acontecimentos no sentido de viabilizar uma concessão. Então nós vamos concedê-la e nós temos que começar bem, para que isto continue bem, seja bem feito, para que não haja sobre ela nenhuma palavra a dizer que isto não está conforme a ética, a responsabilidade das coisas concretas”
Postura de Bolsonaro em relação a opositores
“O que eu sei é que o MDB do Rio Grande do Sul decidiu apoiar o Bolsonaro, o qual vou cumprir a palavra e espero que todos tenham o mesmo juízo, porque de um lado ou de outro também apresentam questões que não são aceitas por um lado ou por outro. Tem tanto fake news, que todo mundo reclama, pra cá e pra lá, opinião de um, opinião de outro, que eu nunca me queixei disso aí”
Enxugamento do estado. O que foi feito?
“Redução de secretarias, não ocupação de cargos de confiança, controle sobre os gastos do poder público, e acima de tudo o fato de tu evitar algumas organizações que o estado tinha e não precisa mais ter. Se não tu não tem dinheiro, nós tivemos que inclusive mudar a legislação e permitir a troca de imóveis para outras ações e outras propriedades”
Aeroporto de Vila Oliva
“O estado deu outorga para o município de Caxias do Sul fazer o que ele desejar fazer com o Aeroporto de Vila Oliva. Que seja incluindo na licitação, inclusive o valor da terra que existe ali. Se existem empreendedores que desejam ter um aeroporto que pertence a iniciativa privada. O estado fez a sua parte e portanto colocou à disposição através desta outorga ao município que ele pode fazer o que deseja e que pode inclusive incluir a desapropriação na futura constituição de um aeroporto dessa forma”