Bento Gonçalves

Em Bento Gonçalves, CPERS aprova carta com críticas às alterações do IPE Saúde

Congresso estadual da categoria contou com cerca de 1.500 educadores

Outras pautas em discussão são a segurança nas escolas e o Novo Ensino Médio (Foto: Divulgação/CPERS)
Outras pautas em discussão são a segurança nas escolas e o Novo Ensino Médio (Foto: Divulgação/CPERS)

O CPERS realizou em Bento Gonçalves, durante o último final de semana, o 1º congresso estadual da categoria. Com o tema “Democracia Viva, Educação Presente”, o encontro encerrou com a aprovação unânime da Carte de Bento Gonçalves e do manifesto “Rompendo as correntes da opressão: não ao trabalho escravo, sim ao trabalho decente”.

Na carta aprovada com unanimidade, os educadores elegeram como prioritária a defesa do IPE Saúde, a revogação do Novo Ensino Médio, o fortalecimento da segurança nas escolas e o fim do desconto previdenciário. “A promoção de uma cultura de paz, tolerância, não-violência, respeito à diversidade
e inclusão nas escolas é um dos caminhos para acabar com essa onda extremista que estamos vivenciando”, afirmam no documento.

Cerca de 1.500 educadores e educadoras debateram questões da conjuntura política atual e deram sequência à pauta de reivindicações da entidade. A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer afirmou que o congresso serviu para fortalecer e unir a categoria. “Juntos, firmes e cientes da nossa justa luta, vamos seguir exigindo o respeito e a valorização dos professores e funcionários de escola, da ativa e aposentados, e defendendo o IPE Saúde público e solidário.”

Próximos capítulos

Apresentado em 16 de maio, o projeto de mudanças no IPE Saúde deve ser votado na Assembleia Legislativa em até 30 dias. Entre os termos mais polêmicos está o aumento da contribuição paga pelos servidores, de 3,1%, para 3,6%.

Outro ruído está na cobrança para inclusão de dependentes. De acordo com a proposta do governador Eduardo Leite (PSDB), cada adesão de familiar custaria entre R$ 49,28 (para o mais jovem) e R$ 501,90 (dependente com 59 anos ou mais).

O argumento do governo é de que há a necessidade de “reequilibrar financeiramente e qualificar o atendimento.”