Começou há bastante tempo já o período eleitoral. Mas as convenções dos partidos só se dão agora. Muita gente ainda não definiu quem será o vice nas chapas majoritárias e, quer saber? Pouco importa. O papel do vice parece mesmo decorativo. Afinal qual é o eleitor que já tinha ouvido falar em José de Alencar antes dele entrar na chapa de Lula? E o filho dele Josué de Alencar, seria um bom vice exatamente por não querer fazer política. Interesses aí seriam outros. Mas ao candidato principal ter um vice que não se mete é tudo de bom – Dilma que o diga.
Esta semana as redes de TV tem exibido entrevistas com candidatos. Globo News, Cultura, a Band virá com seus debates e sabe o que mais me entristece: um punhado de colegas renomados da imprensa tentando desmascarar as contradições de candidatos; fazendo os mostrar o quanto são o que todo mundo já sabe que são: Manuela é socialista; Bolsonaro é preconceituoso e defensor de torturadores; Ciro é um falastrão que queima pontes; Alckimin é mais do mesmo de sempre e por isso atrai tantos partidos em sua volta.
Enquanto os coleguinhas da imprensa se apressam em irritar o candidato, vão mostrando o quanto este é esperto e não se entra no âmago da questão – melhor dito – das questões.
Queremos saber como mudarão o Brasil; que visão terão da educação, da cultura, da economia e do mercado? Como diminuir privilégios de quem já se locupletou e como privilegiar quem mais precisa? Queria saber como pretendem diminuir a máquina pública de modo a diminuir a pressão sobre a classe média que é quem paga mais e insuportáveis impostos.
Porque vivemos no Brasil de hoje um retrocesso que parece nos levar à metade do século passado. O Brasil não consegue combater a malária e o sarampo. Pessoas têm medo de fazer uma simples vacina contra a gripe e outras vão injetar silicone industrial no bumbum numa indesmentível prova de ignorância e desprezo pelo templo que deveria ser seu corpo. Isso nada mais é do que falta explícita de educação. Não é para menos que neste país as fakenews se proliferem feito fungo em meio úmido e quente. Sim, tem maldade, tem interesses ilícitos de quem espalha, mas só se prolifera dante da preguiça em se esforçar por buscar o que é verdade e a verdade nem sempre é tão interessante quanto a ficção. Mas, antes de tudo tem muita ignorância.