A conturbada relação entre o prefeito Daniel Guerra e seu vice, Ricardo Fabris de Abreu, voltou a agitar a política caxiense nesta semana. Na quarta-feira, dia 21, Fabris e uma servidora do município quase foram parar na delegacia para assinar um termo circunstanciado.
O motivo, segundo o vice-prefeito, é a negativa por parte de uma funcionária do arquivo geral a uma solicitação feita por ele. A ordem teria partido da Secretária de Recursos Humanos e Logística, Vangelisa Lorandi. “Ela estava se recusando a receber o protocolo e eu disse que, se continuar dessa maneira, esse tipo de desacato, insubordinação e ilegalidade, nós vamos chamar a secretaria e vamos todos para a delegacia assinar um termo circunstanciado para começar a esclarecer o que está acontecendo, porque isso já passou dos limites. Desde quando que vice-prefeito e prefeito se submete à ordem de serviço do secretário? Isso não existe. Mas não precisou, ela entendeu o que estava fazendo e recebeu o protocolo”, explica Fabris.
A solicitação de Fabris tratava de um processo sobre a possibilidade de atuação de estrangeiros como cargo comissionado e também sobre trabalho voluntário na administração pública, já que ele gostaria de sugerir um nome para atuar junto ao Secretário de Segurança Pública, José Francisco Malmann. A reportagem tentou contato com a secretaria de Recursos Humanos e Logística, Vangelisa Lorandi, mas ela não atendeu as ligações.
“Ele não está no planeta terra, ele está no planeta Guerra”
Notícias Relacionadas
Provas de Concurso e Processo Seletivo da Prefeitura de Caxias do Sul ocorrem domingo (13)
Inscritos para os cargos de auxiliar de infraestrutura, médico e para residência em administração e educação física farão as provas
HISTÓRIA
Almanaque: Os fatos que marcaram o dia 11 de outubro
Estamos no 284º dia de 2024, faltam 82 dias para acabar o ano
Ricardo Fabris de Abreu também lamentou a postura do prefeito na relação com ele. Na semana passada, durante entrevista coletiva de avaliação dos seis meses de governo, Guerra se negou a comentar a atuação do vice. Para Fabris, isso mostra que o prefeito está vivendo em um mundo fantasiado.
“O Daniel está obcecado pela questão do vice-prefeito. E é uma luta inglória. Ele não tem como vencer essa luta. Ele não está no planeta terra, ele está no planeta guerra. No planeta guerra não existe vice-prefeito, mas isso é no imaginário dele. Isso está colocando o próprio prefeito em uma situação constrangedora, numa situação ridícula a que ele se submete até a se transformar em motivo de piada. A questão é a seguinte: eu sou o vice-prefeito e acabou. Eu fui eleito com o mesmo número de votos do que ele”, argumenta.
As atribuições do vice-prefeito também repercutiram na Câmara de Vereadores. O vereador Paulo Périco (PMDB) solicitou ao executivo sobre a atuação de Ricardo Fabris de Abreu no executivo.
