O Governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB), tomou posse para seu segundo mandato como Chefe do Executivo gaúcho na manhã deste domingo (1º). A cerimônia ocorreu diretamente na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, contando com a presença do vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB), diversos secretários já nomeados, bem como do então governado Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), que era vice de Leite no último mandato.
Em sua chegada à Casa, Gabriel Souza destacou sobre de que forma a experiência no parlamento estadual lhe auxiliará no novo cargo. “É a primeira vez que um deputado no mandato se elege vice-governador, é também um fato inédito no Rio Grande do Sul e isso só me fará trabalhar ainda mais para que as relações entre o Poder Executivo e Legislativo sejam cada vez mais harmoniosas porque sei da importância dos deputados estaduais”, disse à TV Assembleia Legislativa.
Na sequência foi a vez de Leite chegar. O governador reeleito falou sobre o sentimento de tomar posse pela segunda vez. “Histórica e para mim uma enorme responsabilidade. Se na primeira eleição foi um voto de esperança, nessa foi de confiança. E isso nos impulsiona para dar o melhor”, falou.
Ao lado de seu vice, Leite prestou o compromisso constitucional e assinou o termo de posse. O presidente do parlamento gaúcho, Valdeci Oliveira (PT), conduziu a cerimônia. O ato do petista foi histórico, uma vez que se tornou o primeiro a dar posse a dois governadores. Em março de 2022, ele empossou Ranolfo no cargo. O presidente do parlamento gaúcho discursou.
“O evento que realizamos hoje (…) enaltece, revigora e consolida o republicanismo, a civilidade e o respeito à democracia. Hoje, aqui no Palácio Farroupilha estamos promovendo a celebração da liberdade, do reconhecimento mutuo, do entendimento de que o oponente não é um inimigo“, disse Oliveira em seu pronunciamento.
Discurso do Governador Eduardo Leite
Leite iniciou falando sobre seu último mandato e enaltecendo a participação do parlamento. “Sem propósito e sem esperança, a política se desconecta da população, e é a população que a justifica, a política perde sentido e desperdiça efetividade. Naquele 1º de janeiro de 2019 nós revelávamos um sonho que não é diferente do que ainda acalentamos e reencontramos nesta manhã de domingo”, introduziu.
Posteriormente, falou sobre os desafios enfrentados na primeira gestão, como duas estiagens que afetaram a produção do agronegócio gaúcho, bem como a pandemia de Covid-19. Ele destacou que seu governo foi de construção e estruturação de diversas áreas. Segundo ele, no primeiro mandato tiveram avanços nos salários dos funcionários públicos, pagamento de dívidas, investimentos na cultura, sinalizou ter sido um governado desafiado e que desafio.
“Nós não resolvemos tudo, não agradamos a todos, mas não houve setor e segmento que não tenha tido atenção merecida dentro dos limites possíveis, sempre com o intuito de indicar ações duradouras”, disse.
Para o segundo mandato, Leite garantiu investimentos na educação, combate à pobreza e fomento ao agronegócio e agricultura familiar. Por fim, enfatizou que manterá relações com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo com divergências políticas. “Não existe um povo Federal e Estadual, é o mesmo posso que direcionaremos nossos esforços”, finalizou
Após o discurso a sessão foi encerrada com o Hino do Estado, executado pela banda da Brigada Militar. Em seguida, juntamente de seu vice, o governador dirigiu até o Palácio Piratini, onde encontrou o agora ex-governador Ranolfo, para realizar a transmissão do cargo.
Imagens: Felipe Vicari/Grupo RSCOM