O candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Sul pelo PSDB, Eduardo Leite, cumpriu agenda na Serra Gaúcha nesta segunda-feira (15). Em Caxias do Sul, Leite falou para empresários na reunião-almoço da Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC) e depois realizou uma caminhada com aliados na região central da cidade.
Na CIC, Eduardo Leite apresentou os pilares do seu plano de governo para o Rio Grande do Sul e respondeu a questionamentos do empresariado. O tucano foi aplaudido em dois momentos: quando declarou apoio a Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial e quando prometeu a redução das alíquotas do ICMS em até dois anos caso seja eleito. Em entrevista coletiva, no entanto, Leite ressaltou que o apoio ao candidato do PSL ocorre por eliminação, já que algumas posturas do presidenciável em relação às minorias não o agradam.
No encontro, o candidato do PSDB ainda garantiu que, se eleito, vai custear com recursos do estado as desapropriações necessárias para a construção do Aeroporto Regional de Vila Oliva, uma das principais demandas de infraestrutura da região. “Eu assumo esse compromisso porque é um projeto que se paga. Com concessões esse dinheiro volta para o caixa do Estado”, argumentou.
Outros pontos da fala de Eduardo Leite que receberam destaque tratam das contas públicas do estado. Para ele, o regime de recuperação fiscal nos moldes em que está sendo negociado por Sartori não é suficiente. “O plano de recuperação é parte da solução. A recuperação é justamente o que faremos na janela que não pagaremos a dívida. Precisamos retomar o investimento nesse período”, afirmou.
A fala do candidato tucano ainda teve espaço para outras alfinetadas a Sartori. Em uma delas, Eduardo Leite afirmou que o candidato do MDB não tinha um plano para governar o estado e por isso não conseguiu aprovar projetos nos primeiros meses de gestão. O tucano, inclusive, afirmou que Sartori “fez um estágio” nos primeiros meses de governo e só assumiu definitivamente após um ano de gestão.
Apoio a Bolsonaro
“Eu confio nas manifestações apresentadas de apreço à democracia apresentadas pelo candidato recentemente. Nós temos duas candidaturas possíveis, na verdade. Eu não vi autocrítica do PT em relação à corrupção. Pelo contrário vejo o candidato Haddad indo ao presídio para conselhos com alguém que foi condenado pela justiça. Do outro lado, o candidato Bolsonaro, eu vi sua manifestação de apreço e respeito às instituições e estou confiando nisso e principalmente na certeza de que não pode retornar o PT ao poder, o que seria antidemocrático na minha visão. O PT demonstra apreço por regimes totalitários e ditaduras ao redor do mundo, então não são um exemplo de apreço a democracia. Lutamos no primeiro turno para que candidatura do nosso partido estivesse. Entre essas duas candidaturas só resta uma opção, que é não deixar o PT voltar.
A eleição do segundo é plebiscitária. Tem dois caminhos possíveis. Então por exclusão a caminho, só resta uma alternativa, que é a de Jair Bolsonaro, estou certo disso. Eu mantenho as minhas convicções, respeito à diversidade, uma política de tolerância, feita com amor e não com ódio. Continuarei defendendo esses valores, sempre, independente de quem vier a ocupar o poder.
Estamos diante de duas alternativas. Uma que condenou 13 milhões de pessoas ao desemprego, que quebrou o país. Essa quebradeira gera falta de investimentos em diversos setores do nosso país, provocando mortes, desemprego, redução de renda da população. Nós precisamos nos manter vigilantes em relação a direitos essenciais da população, às liberdades individuais, à tolerância, e construir um caminho de respeito entre as pessoas. Nisso, eu não arredo pé das minhas convicções.”
Votos do PT
“Os eleitores de Miguel Rossetto (PT), Jairo Jorge (PDT) e dos outros candidatos estão convidados a vir conosco porque assim como nossos eleitores rejeitaram votar no candidato da situação.”
Apoio de prefeitos
Nesta segunda-feira (15), durante sua passagem por Farroupilha, o candidato tucano recebeu o apoio do prefeito da cidade, Claiton Gonçalves (PDT). Leite, que já tinha o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, e o de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, como aliados, disse que o apoio das lideranças da região aumenta a responsabilidade dele com a Serra Gaúcha em um eventual governo.
“Redobra a minha responsabilidade com a região. Está vindo aí com os líderes políticos que comandam esses municípios a expectativa da atenção do governo em relação a essa região. E vamos responder esse apoio com o trabalho sério e focado para essa região, para destravar a economia e proporcionar a essa região os investimentos necessários, tanto do aeroporto de Vila Oliva, quanto as obras de infraestrutura rodoviária necessária. A desapropriação da área para o aeroporto será feita, porque é estratégica para a região e consequentemente para o estado”, garantiu.
Confira a entrevista coletiva completa:
Caminhada pela área central da cidade
Após a reunião-almoço da CIC, Eduardo Leite realizou uma caminhada com apoiadores pelas ruas centrais de Caxias do Sul. Ao longo do caminho, ele parou para conversar com eleitores e bater fotos.
Em Farroupilha
O candidato ao governo do Estado chegou em Farroupilha por volta das 9h. Ele se reuniu com lideranças do município, como o prefeito Claiton Gonçalves, vereadores e com a deputada eleita pelo PRB Fran Somensi.