Os indicadores econômicos tendem a mostrar que o Brasil vai terminar o ano de 2017 melhor do que os três anos anteriores. O PIB cresce pouco, mas cresce. O número de desempregados é enorme, ainda assim a curva foi invertida e a cada mês alguns milhares saem da fila do desemprego. O viés na expectativa de empresários é positivo e os investimentos externos voltaram a desembarcar na terra Brasilis.
Mas, cá entre nós, a qualidade do trabalho e do novo salário pioraram. A relação trabalhista precarizou e em 2018 teremos que nos acostumar com novas regras. Cada um que se vire como puder porque o Governo estará preocupado em pagar bem juízes, procuradores, deputados e toda a sua patota. Estes terão garantidos todos os penduricalhos que a segurança da vida no serviço público oferece. E aí de quem se oponha. Até comercial da reforma previdenciária andou sendo vetado – e agora liberado novamente – porque esta elite do trabalhador brasileiro não gostou de ser vista como bode expiatório. Eu não daria este nome. Talvez bode chique.
O ano, voltando ao início, tem alguns acontecimentos que parecem mais objeto de pesadelo. Quando você nada e a maré te leva pra trás. Atola e não consegue se livrar de amarras. Temer e seus asseclas que o digam. Vejam a questão da reforma da previdência. Vai minguando, minguando e ainda assim se teme que não seja aprovada. Ai de nós, que não conseguimos superar certos obstáculos.
Só mesmo o que anda para a frente é a intenção de certos políticos. Lula e Bolsonaro lideram a corrida para a presidência. Dória e Huck jogaram a toalha. Meirelles e Temer se assanham e ensaiam candidatura. Ai de nós. Novos pesadelos à vista.