Bento Gonçalves

Durante visita a Bento Gonçalves, Eduardo Leite fala sobre investimentos, estiagem e reeleição

Imagem: Günther Schöler / Grupo RSCOM
Imagem: Günther Schöler / Grupo RSCOM

Durante a tarde desta terça-feira (18), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve em Bento Gonçalves para visitar as obras de asfaltamento do Vale Aurora no interior do município. O político concedeu entrevista coletiva e, durante sua fala, exaltou os R$131 milhões que serão destinados para todo setor do turismo gaúcho e, especialmente na Capital da Uva e do Vinho, para o projeto da ciclovia do Vale dos Vinhedos. Além disso, Leite comentou sobre temas como reeleição, estiagem e seu futuro na política.

Os trabalhos na região do Vale Aurora são provenientes de um outro convênio firmado entre governo estadual e municipal. Entretanto, com o novo aporte financeiro para o turismo regional, Eduardo Leite destacou o projeto de criação de uma ciclovia na região do Vale dos Vinhedos. Esta ideia deve sair do papel em 2022 e ter obras iniciando nos próximos meses.

“Estamos anunciando este investimento histórico de R$131 milhões de reais para o turismo. (…) [o montante ] é 13 vezes o valor da soma do que o Estado fez em 17 anos. Se você pegar tudo o que o Estado investiu com seus recursos no Turismo do Estado nos últimos 17 anos e multiplicar por 13 é o equivalente que a gente vai fazer só este ano em investimentos no turismo. (…) é um volume de recursos que vai, por exemplo aqui em Bento Gonçalves, para patrocinar a ciclovia do Vale dos Vinhedos”. Frisou o governador.

Estiagem

A forte estiagem que atinge o Rio Grande do Sul também foi pauta durante a coletiva de imprensa do governador. Questionado sobre o que está sendo planejado no Piratini, Leite afirmou que para o momento atual, atua-se de forma que as pessoas e animais não fiquem sem abastecimento. No que tange o futuro, o tucano afirmou que investimentos na casa dos R$200 milhões serão feitos para atuar com irrigação, criação de açudes e outras medidas.

Estamos trabalhando, em primeiro lugar do ponto de vista emergencial,  para garantir água para abastecimento e para consumo humano e para animais nas localidades mais atingidas. Um programa de perfuração de poços e está trabalhando fortemente em conseguir emergencialmente atender as necessidades.

Para as ocasiões futuras, o governo trabalha com subsídios para tecnologia e irrigação.

“E estamos com o programa Avançar na agricultura que tem R$275 milhões de reais, dos quais R$200 milhões são para programas de irrigação. Tem subsídio para a implantação de ferramentas de tecnologias de irrigação nas lavouras, tem recursos para programas de açudes vamos fazer muita coisa em parceria com os municípios.

Estamos trabalhando dessa forma para que possamos se não blindar, no mínimo reduzir muito a possibilidade de [prejuízos] que novas estiagens que virão.” Comentou o político.

Reeleição

Um dos temas que faz o eleitorado gaúcho voltar os olhos para capital estadual e nacional é em relação a eleição que aproxima-se. Nos próximos meses, o Rio Grande do Sul, como todos outros estados brasileiros, viverá o processo de escolher quem será o novo governador. O cargo não deve ver uma busca do pelotense por um segundo mandato consecutivo. Embora ele já tenha afirmado tal decisão desde o início de seu governo, recentemente, pesquisas preliminares mostram que ele teria 25% das intenções de votos para reeleger-se, enquanto José Ivo Sartori, em segundo lugar, teria apenas 16%.

O político demonstrou contentamento em relação ao posicionamento “Eu fico feliz em ser lembrado naturalmente pela população. Eu sempre falo que todos nós seres humanos temos vaidade. Político tem um pouquinho mais vaidade do que os outros pois trabalham com a sua imagem, é verdade. Mas não podemos estar na política apenas por vaidade ou por projeto pessoal.”

“Me realizo muito sendo governador do estado. Muito feliz por ter ‘virado o jogo’. (…) Sei que não ser um candidato à reeleição, como anunciei desde o início, facilitou esses caminhos porque tirou o debate sobre as reformas do componente eleitoral. Eventualmente se eu fosse um virtual candidato à reeleição, se não tivesse compromisso de não ser candidato à reeleição, talvez o meu caminho político estivesse mais difícil com a Assembleia para conseguir apoios naquelas ações mais importantes que transformariam o estado. Eu sei que o governo que nós estamos fazendo deve muito politicamente ao fato de eu não ser candidato à reeleição.” Complementou.

Apesar de não ser candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2022, Leite destacou que trabalhará para dar continuidade ao seu projeto de governo através de um novo nome. Um dos cogitados, pelo PSDB é Ranolvo Vieira Júnior, o atual vice de Eduardo Leite, que conhece as pautas adotadas desde 2019 e poderia dar seguimento ao que foi feito. Porém, de acordo com o próprio governador, seria natural que o PMDB buscasse alavancar Gabriel Souza ao posto.

Confira abaixo a coletiva de imprensa do governador Eduardo Leite