Brasil

"Dr. Bumbum" é preso no Rio após quatro dias foragido por morte de cliente

"Dr. Bumbum" é preso no Rio após quatro dias foragido por morte de cliente
Furtado foi preso na manhã da quinta-feira no Rio de Janeiro (Fotos: reprodução)

O médico Denis Cesar Barros Furtado, de 45 anos, conhecido nas redes sociais como “Dr. Bumbum”, foi preso no final da manhã desta quinta-feira, dia 19, no Rio de Janeiro, junto com sua mãe, Maria de Fátima Furtado. O médico era considerado foragido da Justiça desde o começo desta semana, depois que ele e a mãe tiveram prisão decretada pela Justiça após a morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, depois de uma complicação decorrente de um procedimento realizado por Furtado em seu apartamento no Rio de Janeiro.

Bancária morreu após complicações em procedimento estético realizado em apartamento no Rio

A mulher passou por um procedimento estético na cobertura de “Dr. Bumbum”, na Barra da Tijuca, durante o fim de semana. Perdeu a vida logo depois. A advogada de defesa do médico, Naiara Baldanza, garante que o médico não é responsável pela morte e afirmou que ele iria se entregar à polícia.

“Nenhuma complicação foi observada durante o procedimento. Ela passou mal depois e entrou em contato com o dr. Denis, que a acompanhou até o hospital. Ele me disse que pediu para acompanhar de perto todos os procedimentos de saúde, mas não foi autorizado pelo hospital”, ressaltou a advogada

Após denúncia, a Polícia Militar do Rio de Janeiro acionou o setor de inteligência e prendeu o médico. Ele estava em um centro empresarial da Barra da Tijuca, área nobre da capital carioca.

De acordo com um comunicado da polícia carioca às 11h21min da quinta-feira, Furtado teria sido preso em um centro empresarial localizado na Barra da Tijuca.

Também nesta quinta-feira, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) cassou o registro de Furtadi. Em março de 2016, ele havia sido alvo de interdição cautelar para o exercício da profissão – a medida, porém, foi suspensa três meses depois pela Justiça. A ação, segundo a entidade, tramita em sigilo processual.

“O processo ético-profissional ao qual ele respondia no CRM-DF foi concluído, com a decisão de cassação do exercício profissional, que deve ser, obrigatoriamente, submetida ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Estão sendo cumpridos os prazos e as etapas administrativas previstas na legislação competente”, informou a instituição, em nota.

O médico é alvo de pelo menos 15 ocorrências policiais registradas no Distrito Federal entre 2011 e 2018. A maioria das denúncias refere-se à falsidade ideológica, a crimes contra o consumidor e exercício ilegal da profissão.