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Dona de agência de turismo é indiciada por estelionato no RS

Dona de agência de turismo é indiciada por estelionato no RS

A Polícia Civil de Venâncio Aires indiciou por estelionato a dona de uma agência de turismo. A empresária é suspeita de deixar os clientes no prejuízo em cidades nos vales do Sinos, do Rio Pardo e do Taquari. Conforme informações, a indiciada embolsava o dinheiro da venda de pacotes de viagens no Brasil e no exterior, sem fechar negócio com as companhias aéreas e com os hotéis.

A agência foi aberta em janeiro de 2013 em Venâncio Aires, e no começo deste ano a sede foi mudada para Campo Bom. Em Venâncio Aires, aproximadamente 20 clientes prestaram queixa na polícia e o prejuízo estimado chegaria a R$ 103 mil.

No dia 10 deste mês, a empresária anunciou o fechamento da agência pelas redes sociais. Ela alegou estar passando dificuldades financeiras devido a situação do país, aumento do dólar e baixa clientela. Depois disso, não foi mais encontrado e desligou os telefones.

Em Novo Hamburgo, um casal teria desembolsado R$ 11 mil à vista para passar a lua de mel na Jamaica. “Recebemos a cópia de um contrato e temos comprovante de depósito na conta dela. Não pedimos número de voos ou de reserva em hotel. Confiamos. Ela entregaria duas ou três semanas antes da viagem, como aconteceu outras vezes. Quando ela divulgou o fechamento da agência, pensávamos que o nosso pacote estava garantido. Mas, entramos em contato com o hotel e com a Copa Airlines e, para a nossa surpresa, não tinha nada. A agência dela estava fechada e os telefones estavam todos desativados”, explica o casal.

Um outro caso foi registrado na polícia de Campo Bom por uma moradora de Sapucaia do Sul. Ela conta que havia adquirido um pacote com passagens e hospedagem para Punta Cana no valor de R$ 5,5 mil. “Comecei a suspeitar das atitudes dela (a proprietária), que passou a não responder minhas mensagens e a querer me despistar. Desisti da viagem e pedi o ressarcimento. Foi então que recebi da agência uma Carta de Crédito com prazo para quitação até o dia 1º de junho, mas esse documento não tem validade”, afirma.

Conforme a polícia, ainda não há como informar quantas pessoas foram lesadas. O delegado responsável pelo inquérito, responsável pelo inquérito, revelou que no depoimento a mulher admitiu má gestão financeira dos negócios, e que pretenderia ressarcir os clientes.

Além de ser indiciada por estelionato, a polícia solicitou o bloqueio de bens pessoais e de valores em contas bancárias da empresária.