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Dólar caminha para 6ª semana de queda com clima de cautela global

Dólar caminha para 6ª semana de queda com clima de cautela global


Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta sexta-feira (18), e caminham para fechar mais uma semana de apreciação. O humor dos investidores é impactado pelo clima de cautela global após novas indicações de uma saída diplomática para a tensão no Leste da Europa. Na pauta doméstica, as atenções se voltam para Brasília e as negociações para destravar a votação no Senado de medidas que barrem o encarecimento dos combustíveis.

Por volta das 13h30, o dólar registrava queda de 0,65%, a R$ 5,134. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,170, enquanto a mínima não passou de R$ 5,118. Se seguir nesse trajeto, a divisa norte-americana vai fechar em queda ante o par brasileiro pela sexta semana consecutiva. A moeda fechou a véspera com alta de 0,76%, cotada a R$ 5,167. Seguindo o clima internacional negativo e apesar da alta de 14% da Cielo após a venda da sua parte na Merchant e-Solutions, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, registrava retração de 0,34%, aos 113.137 pontos. O pregão desta quinta-feira, 17, fechou com queda de 1,43%, aos 113.528 pontos.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, propôs uma nova rodada de negociação com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Viktorovich, na próxima semana. O anúncio ocorreu em meio a guerra de narrativas entre os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra Moscou sobre a retirada de tropas russas da fronteira com a Ucrânia. Segundo as potências do Ocidente, a Rússia mente ao afirmar que afastou parte dos soldados, e, ao contrário, aumentou o efetivo.

Informações norte-americanas apontam que o presidente Vladimir Putin possui até 190 mil militares em áreas próximas da fronteira ucraniana. No fim de janeiro, a estimativa era de 100 mil soldados. A tensão foi agravada nas últimas horas com a decisão de Moscou em realizar testes com armas nucleares e com as acusações de russos e ucranianos de romper com o cessar-fogo na região Leste da Ucrânia.

No cenário doméstico, os investidores seguem observando as tratativas para a votação de projetos no Congresso que diminuam o encarecimento dos combustíveis e os seus impactos nas contas públicas do governo. A falta de consenso entre as lideranças políticas levou o Senado a adiar para a próxima semana a votação de duas medidas que estavam previstas para serem colocadas em Plenário na quarta-feira.

A mudança foi anunciada pelo relator dos textos, senador Jean Paul Prates (PT-RN), após reunião com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Uma das propostas estabelece um valor fixo para o ICMS — imposto de origem estadual, e determina a ampliação do vale-gás para 11 milhões de famílias, o dobro do público atendido pelo programa atualmente. A outra foca na criação de um fundo de estabilização para evitar que a variação do preço do petróleo no mercado internacional impacte diretamente no preço das bombas. Conforme o relator, caso aprovados, os projetos reduzirão em R$ 0,60 o preço do litro dos combustíveis e R$ 10 o do botijão de gás.

Informações: Jovem Pan